Sobre a construção de Brasília e a transferência da capital federal, é correto afirmar: a) A excessiva carga de trabalho e as adversidades decorrentes da geografia inóspita da região do Planalto Central, agravadas pelo distanciamento entre os operários construtores e suas famílias, foram situações enfrentadas pelos trabalhadores em função da expectativa pela melhoria das suas condições de vida. b) A decisão de construir a capital do país no distante Planalto Central brasileiro foi motivada pelo espírito conservador do então presidente Juscelino Kubitschek, político mineiro e provinciano, que se sentia pouco à vontade diante do espírito cosmopolita e urbano da cidade do Rio de Janeiro. c) Na verdade, a motivação da transferência da capital do Brasil para Brasília atendeu a uma necessidade estratégica de defesa do governo JK, preocupado com novas tentativas golpistas como as revoltas de Jacareacanga e de Aragarças, ambas patrocinadas à época por setores militares da aeronáutica. d) A lentidão no cronograma de conclusão das obras da cidade de Brasília, eternizada à época pela imagem das edificações símbolo do poder nacional (Congresso, Palácio da Alvorada etc.) em permanente estado de construção, destoava da ousadia difundida pelo lema do governo JK: "50 anos em 5". e) Os arquitetos Lúcio Costa e Oscar Niemeyer, responsáveis pela concepção urbanística de Brasília, foram bastante criticados durante a construção da nova capital federal, por desenharem uma cidade que não incorporou em seu projeto o espírito desenvolvimentista que era a marca do governo JK
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É correta a alternativa A, tendo sido a construção de Brasília feita com grandes custos sociais e humanos. Muitos destes trabalhadores, que eram popularmente conhecidos como "candangos" eram imigrantes (grande parte do norte e nordeste).
Hoje as consequências sociais da construção de Brasília são facilmente perceptíveis na organização espacial da Capital Federal: Brasília, no Centro, possui IDH altíssimo (o mais alto do país, e semelhante ao da Suíça), mas a Cidade Satélite, nas periferias, é extremamente pobre. É lá que vivem hoje boa parte dos descendentes dos trabalhadores que a construíram.
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