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Resposta:
A Revolução Comercial foi um período de grande expansão econômica da Europa, movido pelo colonialismo e mercantilismo, que durou aproximadamente do século XII ao século XVIII. Este desenvolvimento comercial resultou em transformações profundas na economia europeia.
As consequências da Revolução Comercial foram: o afluxo de metais para a Europa; alta nos preços europeus; ascensão da burguesia; retomada da escravidão e a mudança do eixo comercial do Mediterrâneo para o Atlântico.
Este desenvolvimento comercial resultou em transformações profundas na economia europeia. A moeda tornou-se fator primordial da riqueza e as transações comerciais foram monetarizadas. A produção e a troca deixaram de ter caráter de mera subsistência e passaram a atender aos mercados das cidades, em outras palavras, o mundo estava começando a se integrar. As companhias mercantis passaram a aplicar técnicas contábeis e a adotar novas formas de comercializar, como as cartas de crédito e de pagamento. As minerações de ouro e prata conheceram o auge.
Intensificou-se a busca frenética por novas minas em África e nas Índias. A navegação e o comércio de alto-mar ganharam impulso com a construção de novos tipos de embarcações e o aperfeiçoamento da cartografia e de instrumentos como a bússola. Ao longo da Revolução Comercial, o eixo comercial do Mediterrâneo foi transferido para o Atlântico, rompendo o monopólio das cidades italianas no comércio com o Oriente e iniciando o mercantilismo. Seus principais fatores foram o metalismo, saldo positivo na balança comercial, colonialismo, industrialismo, protecionismo, dentre outros
15 O crescimento demográfico, observado na Europa a partir do século X, modificou o modelo autossuficiente dos feudos. Entre os séculos XI e XIII a população europeia mais que dobrou. O aumento das populações impulsionou o crescimento das lavouras e a dinamização das atividades comerciais. No entanto, essas transformações não foram suficientes para suprir a demanda alimentar daquela época. Nesse período, várias áreas florestais foram utilizadas para o aumento das regiões cultiváveis.
A discrepância entre a capacidade produtiva e a demanda de consumo retraiu as atividades comerciais e a dieta alimentar das populações se empobreceu bastante. Em condições tão adversas, o risco de epidemias se transformou em um grave fator de risco. No século XIV, a peste negra se espalhou entre as populações causando uma grande onda de mortes que ceifou, aproximadamente, um terço da Europa. No século XV, o contingente populacional europeu atingia a casa dos 35 milhões de habitantes.
A falta de mão de obra disponível reforçou a rigidez anteriormente observada nas relações entre senhores e servos. Temendo perder os seus servos, os senhores feudais criavam novas obrigações que reforçassem o vínculo dos camponeses com a terra. Além disso, o pagamento das obrigações sofreu uma notória mudança com a reintrodução de moedas na economia da época. Os senhores feudais preferiam receber parte das obrigações com moedas que, posteriormente, viessem a ser utilizadas na aquisição de mercadorias e outros gêneros agrícolas comercializados em feiras.
Os camponeses, nessa época, responderam ao aumento de suas obrigações com uma onda de violentos protestos acontecidos ao longo do século XIV. As chamadas jacqueries foram uma série de revoltas camponesas que se desenvolveram em diferentes pontos da Europa. Entre 1323 e 1328, os camponeses da região de Flandres organizaram uma grande revolta; no ano de 1358 uma nova revolta explodiu na França; e, em 1381, na Inglaterra.
Passadas as instabilidades do século XIV, o contingente populacional cresceu juntamente com a produção agrícola e as atividades comerciais. Em contrapartida, a melhoria dos índices sociais e econômicos seguiu-se de novos problemas a serem superados pelas sociedades europeias. A produção agrícola dos feudos não conseguia abastecer os centros urbanos e os centros comerciais não conseguiam escoar as mercadorias confeccionadas.
Ao mesmo tempo, o comércio vivia grandes entraves com o monopólio exercido pelos árabes e pelas cidades italianas. As rotas comerciais e feiras por eles controladas inseriam um grande número de intermediários, encarecendo o valor das mercadorias vindas do Oriente. Como se não bastassem os altos preços, a falta de moedas impedia a dinamização das atividades comerciais do período. Nesse contexto, somente a busca de novos mercados de produção e consumo poderiam amenizar tamanhas dificuldades. Foi assim que, nos séculos XV e XVI, a expansão marítimo-comercial se desenvolveu.