“Só é possível pensar e dizer que o ente é, pois o ser é, mas o nada não é; sobre isso, eu te peço, reflita, pois esta via de inquérito é a primeira de que te afasto; depois afasta-te daquela outra, aquela em que erram os mortais desprovidos de saber e com dupla cabeça, pois, no peito, a hesitação dirige um pensamento errante: eles se deixam levar surdos e cegos, perplexos, multidão inepta, para quem ser e não ser é considerado o mesmo e não o mesmo, para quem todo o caminho volta sobre si mesmo”.
Parmênides, Sobre a Natureza, 6, 1-9.
Sobre este trecho do poema de Parmênides, é correto afirmar que
I - só se pode pensar e dizer que o ser é.
II - para os mortais o ser é considerado diferente do não ser.
III - é possível dizer o não ser, embora não se possa pensá-lo.
IV - duas vias de inquérito devem ser afastadas: a do não ser e a dos mortais.
Assinale a alternativa que contém todas as afirmações corretas.
A) II e III
B) II e IV
C) I e III
D) I e IV
Soluções para a tarefa
Resposta:
e a d porque permite sobre natural isso é tudo
Para Parmênides, só se pode pensr e dizer o que o ser é. Assim afasta-se a ideia do não-ser. Logo, as alternativas I e IV estão corretas e a opção D é a correta.
O princípio fundamental da filosofia de Parmênides é o da Imutabilidade e o da Permanência.
Com Parmênides de Eléia (530-460) surge na filosofia a metafísica e a ontologia: Transforma-se, pela primeira vez, a cosmologia em ontologia, ou seja: a ideia de cosmos e de seus elementos são encaradas como as ideias de ser e não-ser.
Parmênides versa sobre as coisas enquanto elas são, ou seja, como ENTES. Seu método era o nous (ou mens, para os latinos), podendo ser traduzido como pensamento, mente.
Em seu poema “Sobre a Natureza”, Parmênides propõe uma arché, ou seja, um princípio cosmológico que, no seu caso, é ontológico: O ser é e o não ser não pode ser; o não ser não é e não pode ser de modo algum.
Se pensamos o ser como positivo e o não-ser como negativo, entendemos que, pela primeira vez, aparece o princípio da não contradição, pilar da lógica ocidental.
Para Parmênides, o ente é uno e imóvel, incriado e incorruptível. Não tem passado nem futuro. É “presente” eterno. É imutável e imóvel. É imperecível, cheio, sem vazios. É contínuo e todo. Seu símbolo é uma Esfera.
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