Sociologia, perguntado por joaovicyor14, 7 meses atrás

situação dos negros no Brasil?
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Respondido por ErickYuriBelaska
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Resposta:

Na semana em que se comemora o Dia da Consciência Negra, preparamos uma série de reportagens sobre a situação dos negros no Brasil. As conquistas, as ofensas racistas vividas no dia-a-dia, as dificuldades para reparação na Justiça, a violência que ainda hoje atinge muito mais negros que brancos, as leis em vigor e as propostas em debate no Congresso que afetam diretamente essa população. Vamos ver, também, como a falta de representantes negros no Parlamento pode dificultar novos avanços. Na primeira matéria da série, vamos mostrar as principais conquistas que as leis já aprovadas no Congresso levaram para esta que é a maior parte da população brasileira.

Eles são mais de 106 milhões de pessoas. São mais da metade da população do país. Mas, ainda hoje, no Brasil, os negros têm todos os indicadores sociais inferiores aos dos brancos.

Os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2013 mostram que 22% da população branca têm ensino médio completo, mais que o dobro do percentual entre os negros, que é de 10%. A mesma desigualdade se observa nos salários. Brancos ganham em média R$ 1.600,00, quase 700 reais a mais que o salário médio dos negros, que é de R$ 921. Para a técnica de planejamento e pesquisa do Ipea Tatiana Dias Silva essa diferença salarial é resultado de uma condição histórica: a falta de acesso aos mesmos direitos que os brancos têm:

"A discriminação, ela é um acúmulo de circunstâncias que levam os indivíduos que eventualmente conseguem chegar ao mesmo patamar de escolaridade e a ter trajetórias totalmente diferentes"

A escravidão que trouxe os negros para o Brasil foi abolida pela Lei Áurea em 1888. Uma nova legislação para mudar o recorte racista da sociedade só veio em 1951, com a Lei Afonso Arinos, que transformou o preconceito de raça em contravenção. Em 1989 a Lei Alberto de Oliveira, ou Lei Caó, tipificou o crime de racismo. Negar o atendimento numa loja, impedir o acesso a transportes públicos por discriminação ou preconceito de raça passou a ser crime, punido com dois a cinco anos de prisão.

Mas, mesmo hoje, 25 anos depois, o racismo continua impregnado nos atos mais cotidianos, como pegar um elevador.

Explicação:

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