Sintetize as dificuldades internas e externas que o Brasil enfrentou para o reconhecimento da independência
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externamente, não era fácil: Na Europa, a Santa Aliança se opunha ao reconhecimento da independência de qualquer ex-colônia... alem disso, os países da antiga América espanhola..., recém - independentes, haviam adotado a República e desconfiavam da solução monárquica no Brasil (temiam que os países europeus usassem o Brasil para tentar a recolonização americana.
A Inglaterra, que não fazia parte da Santa Aliança, desejava garantir seus privilégios comerciais e políticos no Brasil, foi a grande intermediária junto às demais nações para o reconhecimento externo da nossa Independência.
Os Estados Unidos foram o primeiro país a reconhecer a Independência do Brasil, em 1824. A "Doutrina Monroe", criada pelo presidente James Monroe em 1823, muito contribuiu para isso. Sintetizada na frase "A América para os americanos", defendia o direito à soberania das nações e era contrária a qualquer intervenção européia no continente americano. No entanto, por trás dessa doutrina de não - intervenção e de não-colonização, havia o interesse em diminuir a influência inglesa e em obter, com o reconhecimento, vantagens comerciais para os Estados Unidos.
A Inglaterra, apesar de seu interesse em reconhecer logo a Independência do Brasil, era tradicional aliada de Portugal e não pretendia entrar em atritos com Lisboa. Assim, o Governo inglês assumiu a posição de mediador entre Brasil e Portugal, buscando um acordo que satisfizesse os dois lados. Segundo o historiador Pedro Moacyr Campos, "havia na Inglaterra certa benevolência para com Portugal... Por isso, a inglaterra preferia não reconhecer a Independência antes de Portugal".
As negociações se arrastaram por quase três anos, entre Londres, Lisboa e Rio de Janeiro, contando sempre com a orientação do diplomata inglês George Canning. Finalmente, em agosto de 1825, Portugal assinou o acordo de reconhecimento, mediante uma indenização de 2 milhões de libras e da concessão a D. João VI do título de Imperador Honorário do Brasil. No entanto, o Brasil não possuía essa quantia e, por outro lado, Portugal já tinha uma dívida grande com os ingleses. A solução veio através do empréstimo feito na Inglaterra, o primeiro empréstimo contraído pelo Brasil em Londres. Como Portugal tinha uma dívida de mais de 2 milhões de libras com a Inglaterra, o dinheiro nem chegou a sair dos cofres ingleses. Ao Brasil coube o pagamento dos juros e dos serviços da dívida, aumentando o endividamento com a Inglaterra por todo o século XX. O acordo não foi bem aceito nem em Portugal nem no Brasil.
Após o reconhecimento por parte de Portugal, não demorou muito para que as outras nações reconhecessem a nossa Independência. A Inglaterra o fez oficialmente em 1825, tratando em seguida de garantir a manutenção das vantagens concedidas aos comerciantes ingleses desde o estabelecimento de D. João no Rio de Janeiro.
Espero ter ajudado
A Inglaterra, que não fazia parte da Santa Aliança, desejava garantir seus privilégios comerciais e políticos no Brasil, foi a grande intermediária junto às demais nações para o reconhecimento externo da nossa Independência.
Os Estados Unidos foram o primeiro país a reconhecer a Independência do Brasil, em 1824. A "Doutrina Monroe", criada pelo presidente James Monroe em 1823, muito contribuiu para isso. Sintetizada na frase "A América para os americanos", defendia o direito à soberania das nações e era contrária a qualquer intervenção européia no continente americano. No entanto, por trás dessa doutrina de não - intervenção e de não-colonização, havia o interesse em diminuir a influência inglesa e em obter, com o reconhecimento, vantagens comerciais para os Estados Unidos.
A Inglaterra, apesar de seu interesse em reconhecer logo a Independência do Brasil, era tradicional aliada de Portugal e não pretendia entrar em atritos com Lisboa. Assim, o Governo inglês assumiu a posição de mediador entre Brasil e Portugal, buscando um acordo que satisfizesse os dois lados. Segundo o historiador Pedro Moacyr Campos, "havia na Inglaterra certa benevolência para com Portugal... Por isso, a inglaterra preferia não reconhecer a Independência antes de Portugal".
As negociações se arrastaram por quase três anos, entre Londres, Lisboa e Rio de Janeiro, contando sempre com a orientação do diplomata inglês George Canning. Finalmente, em agosto de 1825, Portugal assinou o acordo de reconhecimento, mediante uma indenização de 2 milhões de libras e da concessão a D. João VI do título de Imperador Honorário do Brasil. No entanto, o Brasil não possuía essa quantia e, por outro lado, Portugal já tinha uma dívida grande com os ingleses. A solução veio através do empréstimo feito na Inglaterra, o primeiro empréstimo contraído pelo Brasil em Londres. Como Portugal tinha uma dívida de mais de 2 milhões de libras com a Inglaterra, o dinheiro nem chegou a sair dos cofres ingleses. Ao Brasil coube o pagamento dos juros e dos serviços da dívida, aumentando o endividamento com a Inglaterra por todo o século XX. O acordo não foi bem aceito nem em Portugal nem no Brasil.
Após o reconhecimento por parte de Portugal, não demorou muito para que as outras nações reconhecessem a nossa Independência. A Inglaterra o fez oficialmente em 1825, tratando em seguida de garantir a manutenção das vantagens concedidas aos comerciantes ingleses desde o estabelecimento de D. João no Rio de Janeiro.
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Salles12345:
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