Seu desafio é criar uma proposta pedagógica para sensibilização sobre a cultura negra no Brasil, sem colocá-la como referência do “diferente” ou do “exótico”, porque essas leituras apenas contribuem para criar a ideia de não pertencimento. Tenha em mente que a sensibilização não é apenas mostrar, apontar elementos, mas torná-los próximos, permitir conexões emocionais ou intelectuais. Portanto, defina:
como posso responder ?
Soluções para a tarefa
A educação sobre a cultura negra poderia começar mostrando os aspectos históricos que deram origem a incorporação da cultura negra na identidade cultura do Brasil.
É importante notar que para ter a cultura negra não é necessário ser negro, tendo em vista que tal cultura faz parte da identidade cultural de todo povo brasileiro.
Fala sobre festas típicas, comidas, religiões, hábitos do nosso dia a dia, dentre outros é de fundamental importância.
Danças como a capoeira podem ser demostradas como forma de mostrar como se dá essa identidade cultural.
espero ter ajudado!
Resposta:
PADRÃO DE RESPOSTA ESPERADO
É importante perceber que, quando se deseja sensibilizar, é preciso aproximar, apontar elementos que mostrem que mesmo as diferenças podem ser compreendidas a partir de suas construções simbólicas, que podem ser semelhantes em muitas culturas.
No Brasil, a cultura negra é repetidamente compreendida por brancos e descendentes como outsider, como elemento externo à cultura nacional, especialmente quando identificado como “exótico” e “diferente”.
1. Nome do projeto: Memórias de família: tem na minha casa, tem na sua (exposição).
2. Escopo e objetivo: o projeto poderá ser aplicado em qualquer fase da vida escolar, guardadas as proporções do desenvolvimento e das diretrizes curriculares para cada uma delas. Os alunos montarão uma exposição para toda a sala (ou estendida para toda a escola), mostrando referências culturais familiares em dois itens: brincadeiras e pratos típicos.
Na exposição, os alunos contam quais brincadeiras e pratos típicos fazem parte de sua memória familiar, sua infância e de seus ascendentes (sem delimitar “pai”, “mãe” ou “avós”, respeitando todas as configurações familiares). Após esse trabalho, numa discussão em roda com toda a turma, docentes estimulam estudantes a identificar pontos semelhantes nas memórias apresentadas pelos colegas.
O objetivo é privilegiar a atenção às semelhanças, para a construção das conexões simbólicas entre alunos de diferenças etnias. Um segundo momento pode refletir sobre as diferenças, no entanto, estimulando os alunos que encontraram tais diferenças a delimitar aspectos positivos criativos ou interessantes, para que as construções simbólicas acerca da diferença sejam fomentadas a partir da noção de “composição” “agregação” e “soma”, e não "oposição".
Essa ação pode ser feita a partir de outros elementos disparadores das memórias, como histórias e contos da infância, trabalhos exercidos e lugares frequentados. Outra sugestão é usar fatos históricos marcantes como elemento disparador, por exemplo: “onde eu estava durante as Olimpíadas de 2014?" ou “onde e com quem assisti aos jogos da Copa do Mundo FIFA de 2018?".