"Setembro Amarelo"/ Falar sempre é o melhor caminho
Por que não falar sobre suicídio?
Um fantasma ronda a imprensa desde os seus primórdios: o temor de reportar casos de suicídio.
As razões desse receio são perfeitamente compreensíveis. O tema é envolto por um véu de sofrimento e perplexidade.
Para familiares de suicidas, o sentimento de culpa é inescapável. Como em todo luto, há negação, raiva e tristeza. E há mais: no suicídio é preciso tentar entender e aceitar as razões de quem decidiu abreviar a vida, contrariando o instinto de sobrevivência comum a todas as espécies.
Falar sobre quem morreu é sempre uma tarefa delicada para a mídia, mas, mesmo nas maiores tragédias humanas, o sentimento que prevalece é o da consternação com a morte.
Morrer é uma certeza sobre a qual as dúvidas prevalecem: exceto alguns pacientes desenganados, quase ninguém sabe como, quando, onde ou de que irá morrer. Matar a si próprio é impor uma certeza sobre todas as dúvidas, exceto uma: como seria o restante da vida se a escolha de morrer não triunfasse.
O suicídio, em muitos casos, pode ser um ato extremo de comunicação: uma busca sem volta de expor sentimentos antes represados.
Segundo o alerta “Prevenir suicídio – um imperativo global” (2014), da Organização Mundial de Saúde, uma prevenção eficaz depende de inúmeros fatores – entre eles, informação de qualidade. Negligenciar as ocorrências pode aumentar o risco de novas tentativas.
A mídia tem o dever de dar à sociedade a melhor informação para evitar que as pessoas se desencantem com a vida. E talvez estejamos falhando em ajudar quem sofre com a perda de um ente querido a lidar com essa angústia.
“Os Sofrimentos do Jovem Werther”, obra do poeta alemão Goethe lançada em 1774, narra como uma desilusão amorosa levou o personagem do título ao suicídio. A publicação do romance, embora ficcional, provocou uma onda de suicídios pelo mesmo motivo, no que ficou conhecido como “Efeito Werther” — uma das razões pelas quais criou-se o tabu de que a divulgação de um suicídio pode estimular novos casos. Tal crença poderia ser válida no século 18 de Goethe, mas não sobrevive aos tempos atuais de comunicação instantânea, em que tais atos são cometidos ao vivo diante de câmeras de televisão ou transmitidos em tempo real por redes sociais. Negar a existência dessas ocorrências é um equívoco tão grande quanto acreditar que torná-las públicas são decisivas para que outros escolham o mesmo destino.
Um dos princípios do jornalismo é buscar a verdade
Perguntas:
01) Justifique o título empregado no texto, aproveitando para respondê-lo:
02) Que fantasma ronda há tempos a imprensa? O que você pensa a respeito disso?
03) O que, segundo o texto, está presente no luto, de um modo geral? E o que é acrescido quando o luto vem do suicídio?
04) Explique a primeira passagem que se encontra em negrito no texto, posicionando-se sobre ela:
05) Dê a sua opinião sobre o segundo trecho em negrito, explicando bem:
*CASO VOCÊ NÃO SAIBA A RESPOSTA, SIMPLESMENTE NÃO RESPONDA! VOU DAR "MELHOR RESPOSTA" PARA QUEM RESPODER CERTO.*
Soluções para a tarefa
Resposta:
1) O tema central do texto é a prevenção ao suicídio por meio da imprensa, buscando expor casos para alertar a população. Justifica-se, portanto, o título "setembro amarelo/falar sempre é o melhor caminho", pois setembro trata-se de um mês de prevenção ao suicídio, e o texto busca o incentivo a divulgação de reportagens que tratam sobre ele.
2) O suicídio. A respeito deste assunto amplamente encoberto pela imprensa, questiono-me a necessidade de ocultar um assunto tão presente em nossa sociedade. Um medo irracional é alimentado pelos noticiários, que recusam a escrever casos sobre, preferindo apenas falar sobre o suicídio em si, e não como ele age na família e no círculo social dos indivíduos a partir da divulgação de casos, e de forma realista mostrar o que levou cada pessoa a fazer isso.
3)Como em todos os lutos, os familiares de suicidas sentem negação, raiva e tristeza, mas com o acréscimo do sentimento de culpa, sofrimento e perplexidade.
4)não está marcado, podes dizer e responderei.
5)não está marcado.
O texto fala sobre o suicídio e sobre o medo de expô-lo e assim motivar outras pessoas a tirarem a própria vida.
01. O título "Por que não falar sobre suicídio?" é justificado pelo medo atual de exportar casos de suicídio. A razão de não falar, seria supostamente evitar assim novos suicídios.
02. O fantasma que há tempos ronda a imprensa é o temor de reportar casos de suicídio. Não acredito que as ocorrência devam ser negligenciadas, visando não aumentar o risco de novas tentativas, penso que devem ser noticiados mostrando para as pessoas que estão cogitando tirar a própria vida que há outras saídas.
03. De acordo com o texto, de um modo geral a negação, a raiva e tristeza estão presentes no luto. No caso do luto decorrente do suicídio, há ainda a tentativa de entender e aceitar as razões do suicida.
04. Faltou destacar o trecho.
05. Faltou destacar o trecho.
Estágios do luto:
- Negação
- Raiva
- Negociação/barganha
- Depressão
- Aceitação
Mas é válido ressaltar que as fases do luto podem variar de uma pessoa para outra.
Processo de elaboração do luto: brainly.com.br/tarefa/19550801
#SPJ2