Setembro Amarelo
Desde 2015, setembro é o mês mundial de prevenção ao suicídio. No Brasil, a
campanha liderada pelo Centro de Valorização da Vida (CVV) em parceria com o
Conselho Federal de Medicina e a Associação Brasileira de Psiquiatria, é chamada de
Setembro Amarelo. Neste mês, um dos principais lemas da campanha é "Combater o
estigma é salvar vidas". Para isso, diversas intervenções ocorrem no país para aumentar
a conscientização e a prevenção sobre o tema: caminhadas temáticas, palestras com
especialistas, distribuição de balões amarelos, edifícios públicos iluminados, entrega de
folhetos e atendimento à população em locais públicos estão entre as ações planejadas.
Falar sobre suicídio de maneira produtiva é fundamental para que aqueles que
possuem ideação suicida – ou seja, quem está pensando em se matar – e para que as
pessoas que estão próximas e não sabem como ajudar possam se informar sobre o
assunto e não se sintam sozinhas. O tema já é delicado e ainda é alvo de diversos tabus.
Quando não é debatido, acaba por ficar imerso em preconceitos, na falta de informação
e traz dificuldades na identificação dos sinais de alerta, o que diminui a busca por ajuda
e a aumenta o estigma para aqueles que sofrem.
Segundo o Centro de Valorização da Vida (CVV), todos os anos, cerca de 1 milhão
de pessoas ao redor do mundo cometem suicídio e cerca de 60% das pessoas que o
fizeram nunca se consultaram com um profissional de saúde mental ao longo da vida.
No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, em 20 anos o número de suicídios
praticamente dobrou no país e é hoje a 4ª maior causa de morte entre jovens de 15 a 29
anos. Os indídgenas estão entre a maior população de risco. Os dados apontam ainda
que as tentativas de suicídio são maiores entre as mulheres, porém os homens
representam 79% das mortes e o principal método utilizado é o enforcamento, seguido
por intoxicação.
Suicídio não é “covardia” e nem “ato de coragem”
Se estamos com dor de estômago por mais de uma semana, procuramos um
médico especialista no sistema gastro-intestinal, certo? Se temos uma dor de cabeça
que não passa, vamos a um médico neurologista investigar o que está acontecendo. Se
alguém em nossa família tem diabetes, ficamos de olho no consumo de açúcar. Porém,
normalmente não fazemos o mesmo com o sentimento de tristeza. Os nossos
sentimentos, aqueles mais difíceis, devem ser tratados com a mesma importância que
damos a outros sintomas físicos. Edwin Shneidman, psicólogo clínico suicidologista,
criou inclusive o termo Psychache, que em inglês significa uma dor psicológica
profunda. Segundo ele, todo ato suicida reflete alguma necessidade psicológica
específica não atendida.
O suicídio é multidimensional e não tem uma causa única. Como afirma a
psicóloga Karen Scavacini, não devemos falar "o suicídio", e sim "os suicídios", já que
cada história é única e deve ser tratada em suas especificidades. Segundo o Manual
Clínico de Avaliação e Tratamento de Pacientes Suicidas, o ato suicida é a comunicação
de um processo conhecido como "os três Is", ou seja, quando a vida se tornou
intolerável, interminável e inescapável para o indivíduo. O CVV aponta que depressão,
transtorno bipolar, dependência química e tantas outras questões relacionadas à saúde
mental, se não tratadas com atenção, podem levar ao suicídio.
RESPONDA A PARTIR DA LEITURA DO TEXTO:
1) Qual o motivo da criação do Setembro Amarelo? Explique.
2) O que seria uma “ideação suicida”? Explique.
3) Quais os motivos desse tema ser ainda um tabu?
4) Porque existe um aumento de casos no Brasil?
5) O que seria “os três Is”? Reflita sobre cada um.
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Resposta:
1) O mês amarelo foi criado para ser o mês mundial de prevenção ao suicídio
Raabysallys:
E o resto?
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