"Senhor, sempre lhe submeto as questões sobre as quais tenho dúvidas. Quem m elhor podería orientar-me na hesitação ou instruir-me na ignorância? Até o momento, não atuei contra os cristãos e não sei, assim, quais fatos e em que medida devem ser punidos ou processados. Pergunto-me, um tanto hesitante, se há diferenças de pena segundo a idade ou se a infância e a maturidade estão num mesmo pé; se deve punir-se o cristão enquanto tal, mesmo sem delito, ou se apenas segundo os delitos dessa denominação. Nesse ínterim, segui os seguintes procedimentos com relação aos que se me apresentaram como cristãos. Perguntei-lhes, pessoalmente, se eram cristãos. Aos que confessavam, perguntei-lhes duas, três vezes. Os que não voltaram atrás foram executados. Qualquer que fosse o sentido da sua fé, sabia que sua pcrtiná cia e obstinação tinham de ser punidas. Outros, possuidores da cidadania romana, mantiveram-se na loucura e foram enviados para julgamento em Roma. Logo, como acontece nesses casos, a acusação ampliou-se com a extensão da investigação e muitos outros apareceram. Afixou-se, então, um cartaz, sem assinatura, com um grande número de nomes. Os que negavam serem, ou terem sido, cristãos, se evocassem os deuses, segundo a fórmula que lhes ditava, e se sacrificassem, com incenso e vinho, diante da sua imagem, que trazia comigo para tanto, juntamente com estátuas de outras divindades, se, além disso, blasfemassem Cristo - atitudes que, diz-se, não são possíveis de obter de verdadeiros cristãos - considerei apropriado liberar... A questão pareceu-me digna da sua atenção, em particular devido ao número de envolvidos. Há muita gente, de toda idade, condição social, de ambos os sexos, que está ou estará em perigo. Não apenas nas cidades, como nos vilarejos e no campo, expande-se o contágio dessa superstição. Parece-me, entretanto, que se possa delimitá-la e corrigi-la". (Plínio, o Moço. Cartas 10, 96. In: FUNARI, Pedro Paulo A. Antiguidade clássica: a história e a cultura a partir dos documentos. Campinas: Editora da Unicamp, 2003. p. 91-92).1. Segundo Plínio, qual era o procedimento utilizado para julgar os suspeitos de praticar o cristianismo na província romana da Bitínia? De que maneira os acusados conseguiam a absolvição?2. Que trecho do documento testemunha a expansão do cristianismo na Antiguidade?3. Como o autor da carta caracterizava o cristianismo?bPor que ele estava preocupado em conter a expansão dessa religião?
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Olá!
1) Segundo Plínio, a forma de julgar os cristãos era através de entrevistas presenciais, o qual o próprio governador ou um responsável contestava a fé do acusado. Nessa época, a religião cristã era proibida no Império Romano.
A absolvição ocorria através da negação da fé e da adoração aos deuses romanos e a realização de seus sacrifícios.
2) O trecho que demonstra a propagação do cristianismo na antiguidade é o seguinte: "Há muita gente, de toda idade, condição social, de ambos os sexos, que está ou estará em perigo. Não apenas nas cidades, como nos vilarejos e no campo, expande-se o contágio dessa superstição".
3) Para Plínio, o cristianismo era uma superstição e insanidade ao mesmo tempo.
A sua expansão era perigosa pois poderia contaminar os camponeses, os soldados, a aristocracia romana e, por conseguinte, todo o império. E isso poderia causar a instabilidade, por essa razão Plínio demonstrou preocupação.
Espero ter ajudado!
1) Segundo Plínio, a forma de julgar os cristãos era através de entrevistas presenciais, o qual o próprio governador ou um responsável contestava a fé do acusado. Nessa época, a religião cristã era proibida no Império Romano.
A absolvição ocorria através da negação da fé e da adoração aos deuses romanos e a realização de seus sacrifícios.
2) O trecho que demonstra a propagação do cristianismo na antiguidade é o seguinte: "Há muita gente, de toda idade, condição social, de ambos os sexos, que está ou estará em perigo. Não apenas nas cidades, como nos vilarejos e no campo, expande-se o contágio dessa superstição".
3) Para Plínio, o cristianismo era uma superstição e insanidade ao mesmo tempo.
A sua expansão era perigosa pois poderia contaminar os camponeses, os soldados, a aristocracia romana e, por conseguinte, todo o império. E isso poderia causar a instabilidade, por essa razão Plínio demonstrou preocupação.
Espero ter ajudado!
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