História, perguntado por leorodara, 10 meses atrás

Sendo os cretenses, senhores do comércio no mar, explique sua forma de governo

alguem poderia me ajudar?

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Respondido por andersondops4
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Creta desenvolveu-se, entre aproximadamente 2000 e 1400 a.C, uma das mais brilhantes civilizações da Antiguidade: a civilização cretense. Essa civilização tinha conhecimento da escrita, desenvolveu uma rica produção artesanal e um imenso comércio marítimo.

Os cretenses habitavam a ilha de Creta, situada no Mar  Mediterrâneo, entre a Grécia, a Ásia Menor e o Egito. Sua posição geográfica era quase um traço de união entre a Ásia, a Europa e a África. Está no sul do mar Egeu e é a segunda maior ilha do mar Mediterrâneo oriental e a quinta maior de todo aquele mar. Segundo um mito, era naquela ilha que vivia o minotauro. A capital da ilha é a cidade de Iráclio.

Estudos arqueológicos mostram que os primeiros habitantes teriam chegado à ilha por volta do ano 3000 a.C., provavelmente vindos da Ásia Menor.

A partir de 2000 a.C. já se destacavam como senhores do comércio no Mar Egeu. A expansão marítima e o consequente contato com várias civilizações desenvolvidas da época levaram os cretenses a construir uma grandiosa civilização.

Não há muitas informações sobre a história de Creta, pois a escrita minóica, que era utilizada pelo povo cretense, ainda não foi totalmente decifrada. A escrita minóica era semelhante aos hieróglifos egípcios, formada por pequenas figuras e símbolos. Apenas os relatos dos antigos gregos, de obras do século  VI e V a.C., e sobretudo as escavações arqueológicas, permitem-nos reconstruir, em parte a história desse povo e conhecer um pouco de sua cultura.

Sabe-se também, que aquela civilização construiu palácios em Cnossos, em Festos, em Maliá e em Santa Trindade – palácios cujas ruínas ainda são vistas.

Inicialmente, os cretenses praticavam uma agricultura especializada, cultivando cereais, oliveiras e vinhas, e criavam animai, mas na verdade o comércio é que era a base da economia.

Para incrementar as atividades comerciais, os cretenses desenvolveram uma diversificada produção artesanal, utilizando metais (cobre, bronze, ouro e prata), e fabricando objetos de cerâmica. E tão importantes eram os artigos de cerâmica para o comércio que os artesãos  chegaram até a ocupar posição de destaque na economia urbana e na sociedade.

A área do comércio de Creta abrangia as ilhas vizinhas do Mar Egeu, a ilha de Chipre, a Síria, de onde traziam metais para suas oficinas, e o Egito, de onde traziam marfim e perfumes. Possuíam um sistema de pesos e medidas semelhante ao dos egípcios e mesopotâmicos. Em Creta surgiu, pela primeira vez, um a civilização que tinha muito poder por dominar os mares, o que, recebeu o nome de talassocracia.

Um traço cultural importante da civilização cretense foi a religião, que se baseava sobretudo, no culto da Deusa-Mãe, uma divindade feminina que governava o Universo e representava a fecundidade. Tal crença contribuiu para  que a mulher tivesse acesso às mesmas atividades masculinas, não sofrendo discriminações ou restrições.

Provavelmente por volta do século XIV a.C., Creta foi dominada pelos aqueus, povo que invadiu a região da Grécia e estabeleceu-se na cidade de Micenas. Da união de culturas dos dois povos surgiu a civilização creto-micênica, ponto de partida para a brilhante cultura grega.

Micenas tornou-se uma importante cidade e dominou toda a região do Mediterrâneo oriental, incluindo a cidade de Troia. Essa conquista é descrita nas narrativas sobre a guerra de Troia, que teria ocorrido por volta de 1200 a.C.

Finalmente, por volta do século XII a.C., chegaram os dórios, povo guerreiro que dominou a região e arrasou as cidades forçando a dispersão dos povos que ali estavam  para áreas isoladas no território ou a fuga para as ilhas do Mar Egeu ou a costa do Ásia Menor. O domínio dos dórios levou a destruição da civilização micênica e deu origem a um novo momento na história da Grécia antiga.

Creta tornou-se um estado autônomo em 20 de março de 1898 e independente em 6 de outubro de 1908. Em 30 de maio de 1913 passou a pertencer definitivamente à Grécia.

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