[...] sendo a divisão do trabalho um fato social, seu principal efeito não é aumentar o rendimento das funções divididas, mas produzir solidariedade. Se isso não acontece, é sinal de que os órgãos que compõem uma sociedade dividida em funções não se autorregulam, seja porque os intercâmbios ou contatos que realizam são insuficientes ou pouco prolongados. Com isso, não podem garantir o equilíbrio e a coesão social. Nesses casos, o estado de anomia é iminente. Vê-se, assim, que, sob certas circunstâncias, a divisão do trabalho pode agir de maneira dissolvente, deixando de cumprir seu papel moral: o de tornar solidárias as funções divididas. A ausência de normas — que em situação normal se desprendem por si mesmas como prolongações da divisão do trabalho — impossibilita que a competição presente na vida social seja moderada e que se promova a harmonia das funções. QUINTANEIRO, T.; BARBOSA, M. L. de O.; OLIVEIRA, M. G. M. Um toque de clássicos: Marx, Durkheim, Weber. 2. ed. Belo Horizonte: UFMG, 2002. p. 91.
Explique coesão social e anomia, segundo o texto
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Coesão social trata do quão "ligada" uma sociedade está, trata da salubridade das relações dos indivíduos, Anomia seria um estado aonde as instituições sociais estariam abaladas, um "momento ruim", como na Grande Crise de 1929.
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