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As notícias falsas existem desde muito antes de chegarmos ao estado atual e avançado de acesso midiático. Segundo o dicionário de Cambridge, o conceito de fake news são histórias falsas que, ao manterem a aparência de notícias jornalísticas, são disseminadas pela internet (ou por outras mídias).
Normalmente são criadas para influenciar posições políticas e assuntos relevantes para a população, como no caso da saúde pública em que são inventadas mentiras para abalar a confiança da sociedade nas campanhas de vacinação. As redes sociais são bolhas digitais que convergem para pessoas com o mesmo pensamento, o que possibilita mais força para o maniqueísmo ideológico de grupos fundamentalistas na consolidação de seus valores.
A liberdade da internet levou a uma ingênua ilusão de que a humanidade atingiria um patamar de conhecimento jamais alcançado, mas em vez de proporcionar lucidez está sendo utilizada para desinformar. Crise nas instituições: imprensa, poder público e falta de liderança corroboraram para o fenômeno das notícias falsas.
Nos últimos anos, as taxas de cobertura vacinal vêm caindo em todo mundo e, por isso, doenças antigas como o sarampo, estão voltando a aparecer. Uma das razões para essa queda é a propagação de fake news sobre vacinação, que acabam desencorajando as pessoas a recorrerem a esse serviço essencial para a humanidade.
Um estudo de 2020 intitulado “The real-world effects of fake news”, feito pela FTI Consulting, uma empresa de análise de dados, mediu o impacto da desinformação nas redes sociais sobre as vacinas. A pesquisa foi realizada por um sistema de inteligência artificial, a amostragem foram as postagens sobre a vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) no Twitter, no período de 2012 a 2018. Foram encontradas mentiras como: vacinas não são seguras; vacina pode causar outras doenças, como autismo; vacinas contêm chips implantados para controle populacional; vacina poderia alterar o DNA; vacinas são produzidas a partir de células de fetos abortados, entre outros boatos.
Durante este tempo, houve uma redução no Reino Unido de 3% na cobertura vacinal da população do reino da Rainha Elizabeth II. Algo em torno de 2 milhões de britânicos não foram se vacinar por causa das mentiras veiculadas no Twitter. Aliás, a Rainha, uma mulher bem informada, está com sua carteira de vacinação em dia. Ela já se vacinou inclusive contra a covid-19.
O combate à desinformação tem que ser um dever social de todos. A checagem de notícias é algo fundamental na atualidade.
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A OMS declarou o surto de covid-19 e as respostas a ele têm sido acompanhadas por uma enorme “infodemia”: um excesso de informações, algumas precisas e outras não, que tornam difícil encontrar fontes idôneas e orientações confiáveis quando se precisa. A palavra - “infodemia” - é o resultado de um grande aumento do volume de informações associadas a um assunto específico, que podem se multiplicar exponencialmente em pouco tempo devido a um evento específico, como a pandemia de covid-19.
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Portanto, quando chegar sua vez, vacine-se contra covid-19, contra gripe, sarampo, tétano, rubéola, caxumba, difteria… leve seus familiares para vacinar, com destaque especial para crianças e idosos. Vacinas sim, fake news não!
Antônio Afonso Pereira Júnior é bibliotecário e conselheiro do Conselho Federal de Contabilidade (CFB)
1- Qual assunto é abordado pelo artigo de opinião? *
Sua resposta
2- Qual é a finalidade do texto? *
Sua resposta
3- Há uma opinião do autor em: *
2 pontos
(a) “ [...] o conceito de fake news são histórias falsas que, ao manterem a aparência de notícias jornalísticas, são disseminadas pela internet (ou por outras mídias).”
(b) “A liberdade da internet levou a uma ingênua ilusão de que a humanidade atingiria um patamar de conhecimento jamais alcançado, mas em vez de proporcionar lucidez está sendo utilizada para desinformar”.
(c) “A OMS declarou o surto de covid-19 e as respostas a ele têm sido acompanhadas por uma enorme “infodemia” [...]”.
(d) “ [...] houve uma redução no Reino Unido de 3% na cobertura vacinal da população do reino da Rainha Elizabeth II.”
4- O que o autor quis dizer ao escrever “As notícias falsas existem desde muito antes de chegarmos ao estado atual e avançado de acesso midiático.” *
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que a disseminação de notícias falsas não é algo recente em nossa sociedade.
que as notícias falsas fazem parte do nosso cotidiano desde muito antes da existência do Facebook.
que as notícias falsas passaram a existir devido ao grande avanço midiático.
que a disseminação de notícias falsas é algo recente em nossa sociedade.
5- Segundo o autor do texto, o que seria “infodemia”?
Soluções para a tarefa
Resposta:
1 - As fakes news (notícias falsas) sobre vacinas e seus efeitos. Também sobre como essas desinformações são divulgadas.
2 - Alertar para um perigo atual da internet: a propagação de notícias falsas, que podem causar a volta de doenças e desconfiança do povo sobre o próprio bem-estar social.
3 - Opção: (b) “A liberdade da internet levou a uma ingênua ilusão de que a humanidade atingiria um patamar de conhecimento jamais alcançado, mas em vez de proporcionar lucidez está sendo utilizada para desinformar”.
4 - Opção: (a) “que a disseminação de notícias falsas não é algo recente em nossa sociedade”.
5 - Um excesso de informações, algumas precisas e outras não, que tornam difícil encontrar fontes idôneas e orientações confiáveis quando se precisa.