Segundo seus próprios critérios, a conservação ambiental está fracassando. A biodiversidade da Terra segue em rápido declínio. Continuamos a perder florestas na África, Ásia e América Latina. Há tão poucos tigres e macacos selvagens que, muito em breve, se as tendências atuais se mantiverem, esses animais estarão extintos. Perdemos mais lugares do que salvamos. Ironicamente, a conservação está sendo nocauteada na luta para proteger a natureza, a despeito de vencer uma de suas batalhas mais duramente travadas − o embate pela criação de parques e áreas selvagens. Ao mesmo tempo em que espécies e lugares selvagens desaparecem em um ritmo crescente, o número de áreas protegidas ao redor do mundo cresce de maneira impressionante.
No mundo todo, países delimitam áreas em que o desenvolvimento humano é restrito, na tentativa de preservá-las. Sob a invocação do valor espiritual e transcendental da natureza intocada, existe um argumento em defesa do uso das paisagens para certos fins e não para outros. Trilhas para caminhadas, em vez de estradas; estações científicas, em vez de madeireiras; hotéis, em vez de lares. Ao removermos comunidades instaladas há muito tempo e as substituirmos por hotéis, extirparmos espécies indesejadas e estimularmos a presença de outras mais desejáveis, perfurarmos poços para regar a floresta e impormos o manejo de fogo que combina controle e incêndios planejados, criamos parques que não são muito diferentes da Disneylândia.
Quando o conservacionismo se transformou em um empreendimento global, nas décadas de 70 e 80, a justificativa do movimento para salvar a natureza mudou. Valores espirituais e estéticos foram substituídos pela biodiversidade. A natureza foi descrita como primeva, frágil e sob risco em razão do abuso por parte da humanidade. Sem dúvida, há consequências da utilização da natureza para a mineração, a exploração de madeira, a agricultura intensiva e o desenvolvimento urbano, provocando o desaparecimento de espécies-chave ou de ecossistemas. Ecologistas e conservacionistas, no entanto, exageraram em suas considerações sobre a fragilidade da natureza ao argumentar, com frequência, que o desaparecimento de uma única espécie pode causar o colapso de um ecossistema inteiro. Também há exagero na ideia de que a perda de parte da biodiversidade pode provocar a destruição da Terra. Os dados não sustentam a ideia de uma natureza frágil em risco de colapso. Os ecologistas agora sabem que o desaparecimento de uma espécie não leva à extinção de nenhuma outra, muito menos de todas as outras no mesmo ecossistema.
Ironicamente, a conservação está sendo nocauteada na luta para proteger a natureza, a despeito de vencer uma de suas batalhas mais duramente travadas ... (1º parágrafo)
O segmento grifado pode ser substituído, sem qualquer outra alteração na frase, mantendo-se a correção e a lógica, por:
a) embora.
b) apesar.
c) portanto.
d) mesmo.
e) enquanto.
Justifique, por favor.
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