Segundo Pierre Lévy, a essência da cibercultura está talvez na passagem entre seleções, hierarquias e sínteses por diferentes partes e em constante mutação conforme as pessoas, os grupos e as circunstâncias. A universalidade não passa mais pela uniformidade da mensagem, do sentido ou do contexto, mas pela interconexão planetária entre uma multiplicidade flutuante de mensagens, de sentidos, de microcontextos e pelo potencial de contato entre os seres humanos que as produzem. LÉVY, Pierre. A inteligência coletiva. Tradução: Luiz Paulo Rouanet. São Paulo: Folha de S. Paulo, 2015. P. 10-30. Nessa perspectiva, podemos afirmar que a sociedade urbana mundial explora, progressivamente, um terceiro estado: o estado "móvel". Logo, são benefícios dessa nova condição, a serem apontados:
ALTERNATIVAS
A multiplicação dos contatos via apresentação de um esquema de rede o qual não cria público, mas permite que o contexto seja imposto pelos centros emissores, desencadeando reciprocidade e interação.
A possibilidade de universalidade, a qual passa pela uniformidade da mensagem, do sentido ou do contexto. Pode-se agora indicar que a relação da humanidade consigo mesma é totalizável, já que ela não está mais construída.
A possibilidade de representação da totalidade dinâmica da sociedade, já que só há uma sociedade virtualmente, sendo o ciberespaço a maior prova disso.
A ascensão dos modos de comunicação centralizados e controláveis pelo poder político (microcomputadores, ipads, tablets, smartphones, televisão por satélites etc.) ampliando-se consideravelmente a influência dos Estados sobre a sociedade.
A possibilidade de uma comunicação fechada, com pouca interação, sendo restrita a grupos específicos.
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