Geografia, perguntado por claujoias, 3 meses atrás

Segundo o cientista: Yohan Rockstrôm qual é a única chance que nós seres humanos temos em relação ao ambiente natural. *

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Respondido por douglasfaquinbuenors
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Resposta:

“Sabemos que, para viver com o mínimo de dignidade, precisamos que o planeta se mantenha em uma condição estável, similar à que temos desde o fim da era do gelo.”

Explicação:

Para Entender o que Rockstrôm quer dizer com sua afirmação temos que considerar algumas afiramções dadas pelo mesmo:

Rockström liderou um grupo de pesquisadores que publicou, em 2009, um estudo chamado Fronteiras Planetárias. O trabalho, atualizado seis anos depois, apresenta 9 critérios ambientais que tornam possível a vida humana. Esses critérios, ou fronteiras, funcionam em conjunto. Um desvio em qualquer um deles influencia nos demais. Mais importante ainda, o trabalho de Rockström determinou métricas de acompanhamento das fronteiras e um limite para elas. Se ultrapassado, as consequências serão desastrosas. Ainda é absolutamente claro que, para termos a chance de estabilizar o clima global e, dessa forma, manter a biodiversidade, o suprimento de água, o ar limpo etc, precisamos não somente eliminar o uso de combustíveis fósseis, ou seja, fazer a transição energética, mas também realizar uma transição alimentar. a ciência mostrou que a agricultura é a maior fonte de gases do efeito estufa. Algo em torno de 25% das emissões são provenientes do desmatamento para da produção de alimentos e da pecuária intensiva. Porém, temos uma série de exemplos práticos sobre como produzir comida de maneira sustentável, zerando as emissões e até “sequestrando” carbono. temos de parar de dar subsídios para as coisas erradas. É um passo óbvio. Os combustíveis fósseis recebem 500 bilhões de dólares em subsídios diretos. Se incluirmos os indiretos, o valor ultrapassa 1 trilhão por ano. São incentivos para gasolina barata, diesel barato para transportar alimentos, usinas a carvão etc. Até mesmo os economistas mais radicais da Escola de Chicago odeiam subsídios. Então, vamos eliminá-los. Em segundo lugar, precisamos contabilizar o custo das emissões. Isso também é economia básica. Sabemos que, para viver com o mínimo de dignidade, precisamos que o planeta se mantenha em uma condição estável, similar à que temos desde o fim da era do gelo. Precisamos dessa configuração de chuvas, estações, oceanos etc. Se ficarmos dentro das fronteiras planetárias, há uma chance de manter essas condições. Caso contrário, arriscamos desestabilizar o planeta e elevar a temperatura em 2, 3 ou 4 graus Celsius. Para se ter uma ideia, da última vez em que tivemos uma temperatura 4 graus acima, foi há 5 milhões de anos. Estamos perigosamente perto de uma elevação de 1,5 grau Celsius. Não seria um ponto de virada, mas provocaria danos severos à economia, com ondas de calor, secas e furacões, por exemplo. Ainda é incerto, mas há cada vez mais evidências de que, se ultrapassarmos 2 graus, nos próximos 30 anos, perderemos as florestas tropicais e veremos o nível dos oceanos subir 7 metros. É uma preocupação. Pela primeira vez na história da humanidade, corremos o risco de desestabilizar o planeta. Por isso, precisamos de colaboração global e de administradores planetários, que possam gerenciar as mudanças climáticas. O Acordo de Paris prova que isso é possível.

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