Filosofia, perguntado por vick313, 1 ano atrás

Segundo José moura Gonçalves filho, quem sofre humilhação no Brasil é a classe mais podre (imesa maioria) com relação aos ricos devido a enorme desigualdade social existente no país. Você concorda com isso? cite exemplos.

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Respondido por Tizacardoso
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Sim. Há uma corrente de pensamento que trata a prática de crime como sendo uma atividade econômica e considera o criminoso como um agente econômico que responde a incentivos econômicos dispersos na sociedade, mobiliza recursos produtivos, faz investimentos, assume riscos e decide quanto tempo quer alocar na atividade legal e/ou ilegal.


Segundo essa corrente, os níveis educacional e cultural dos indivíduos e as possibilidades de sucesso do crime - características estruturais - somadas às características conjunturais, permitem explicar o avanço sistemático da criminalidade nas principais regiões do país. Altos índices de desemprego e concentração de renda e baixos níveis de educação e rendimento do trabalho, somados às (in)eficiências das polícias e da Justiça (porque para a burguesia são bastante eficientes), por certo contribuíram para o crescimento e o agravamento do problema da criminalidade. Dessa forma, qualquer tentativa de implementar políticas públicas de combate à criminalidade, sem levar essas questões socioeconômicas em consideração, está fadada ao insucesso. O comportamento criminoso não é visto como uma atitude simplesmente emotiva, irracional ou antissocial, mas sim como uma atividade eminentemente racional, que encontra razão de ser nas próprias condições que o sistema cria e potencializa.


Há toda uma lógica e uma estrutura criada para que a violência e o crime existam, afinal, servem de justificativa para medidas econômicas e de segurança, sejam elas de caráter e controle social, ou para dar lucro às empresas (indústria bélica e de segurança privada). Assim, quanto maior o nível da atividade econômica criminosa, maior também será a probabilidade de aumentos nos índices de crime. Isto nos faz refletir e concluir que dentro dessa sociedade será impossível resolver o problema da criminalidade e da violência; ao contrário, é essa sociedade capitalista a que cria as condições objetivas (desemprego, pobreza, indústria do crime, etc) e subjetivas (apologia ao crime, individualismo, etc) para que essa situação se reproduza e se agrave. A criminalização da pobreza é certamente mais um negócio rentável, é um pilar do sistema capitalista.

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