Segundo Collares e Moysés (1994, p. 25, grifo do autor), o “termo medicalização refere-se ao processo de transformar questões não médicas, eminentemente de origem social e política, em questões médicas, isto é, tentar encontrar no campo médico as causas e soluções para problemas dessa natureza”. As autoras, em publicação mais recente, apontam que, nas sociedades ocidentais, é crescente a translocação para o campo médico de problemas inerentes à vida, com a transformação de questões coletivas, de ordem social e política, em questões individuais, biológicas. Tratar questões sociais como se biológicas iguala o mundo da vida ao mundo da natureza. Isentam-se de responsabilidades todas as instâncias de poder, em cujas entranhas são gerados e perpetuados tais problemas (MOYSÉS; COLLARES, 2013, p. 42). Vivemos a Era dos Transtornos. Uma época em que as pessoas são despossuídas de si mesmas e capturadas-submetidas na teia de diagnósticos-rótulos-etiquetas, antigos e novos, cosmeticamente rejuvenescidos ou reinventados. Essa epidemia é uma ameaça à saúde e tem duas fontes distintas. Uma delas é a “medicalização” da vida cotidiana. A maioria de nós passa por sensações físicas ou psicológicas desagradáveis que, no passado, eram consideradas como parte da vida. No entanto, hoje tais sensações são consideradas, cada vez mais, como sintomas de doenças. Eventos como insônia, tristeza, inquietação de pernas e diminuição do apetite sexual, hoje, se transformam em diagnósticos: distúrbio do sono, depressão, síndrome de pernas inquietas e disfunção sexual. Talvez ainda mais preocupante seja a medicalização da infância. Se uma criança tossir depois de fazer exercícios, ela tem asma. Se tiver problemas com leitura, é disléxica. Se estiver infeliz, tem depressão. Se alternar entre euforia e tristeza, tem distúrbio bipolar. Particularmente a área de educação tem sido alvo do grande aumento da emissão de diagnósticos de supostos transtornos como alternativa de explicação das dificuldades de escolarização enfrentadas pelos estudantes. Texto adaptado. Revista entreideias, Salvador, v. 3, n. 1, p. 13-29, jan./jun. 2014 17 Acessível em https://portalseer.ufba.br/index.php/entreideias/article/download/7047/8368 Considerando os textos apresentados, redija um texto autoral com aproximadamente 250 palavras apontando três competências que a formação atual do professor deve desenvolver frente aos desafios que o contexto exposto nos textos exige.
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O novo contexto em que os professores encontram-se inseridos, estão alinhados a novas demandas sociais, e por conta disso, exigem maior capacitação, resiliência e formação dos professores.
Para isso, é preciso que os educadores se mantenham atualizados, assim como realizem formação continuada, sobretudo na perspectiva inclusiva, considerando as necessidades educacionais especiais de cada educando.
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