Segundo Antonil qual era o risco de se retirar , contra sua vontade ,um escravo que desde pequeno viveu em uma fazenda??
Soluções para a tarefa
Respondido por
12
Boa tarde!
Essa questão pode ser acompanhada do seguinte excerto:
"Os africanos no Brasil “Uns chegam ao Brasil muito rudes e muito fechados e assim continuam por toda a vida. Outros, em poucos anos saem ladinos e espertos, assim para aprenderem a doutrina cristã, como para buscarem modo de passar a vida e para se lhes encomendar um barco, para levarem recados e fazerem qualquer diligência das que costumam ordinariamente ocorrer. As mulheres usam de fouce [foice] e de enxada, como os homens; porém, nos matos, somente os escravos usam de machado. Dos ladinos, se faz escolha para caldeireiros, carapinas, calafates, tacheiros, barqueiros e marinheiros, porque estas ocupações [re]querem maior advertência. Os que desde novatos se meteram em alguma fazenda, não é bem que se tirem dela contra sua vontade, porque facilmente se amofinam e morrem. Os que nasceram no Brasil, ou se criaram desde pequenos em casa dos brancos, afeiçoando-se a seus senhores, dão boa conta de si; e levando bom cativeiro, qualquer deles vale por quatro boçais.” ANTONIL, André João. Cultura e opulência do Brasil. São Paulo: Nacional, 1967. p. 159-160."
Ao analisarmos o texto, podemos encontrar a resposta da questão dentro dele. Segundo Antonil, não era de bom grado que escravos que desde sempre cresceram em uma fazenda fossem retirados dela contra sua própria vontade. Ao serem retirados e colocados em uma vida solitária e independente, esses escravos tendiam facilmente a amofinar (tornar-se infeliz) e costumavam vir a morrer.
Essa questão pode ser acompanhada do seguinte excerto:
"Os africanos no Brasil “Uns chegam ao Brasil muito rudes e muito fechados e assim continuam por toda a vida. Outros, em poucos anos saem ladinos e espertos, assim para aprenderem a doutrina cristã, como para buscarem modo de passar a vida e para se lhes encomendar um barco, para levarem recados e fazerem qualquer diligência das que costumam ordinariamente ocorrer. As mulheres usam de fouce [foice] e de enxada, como os homens; porém, nos matos, somente os escravos usam de machado. Dos ladinos, se faz escolha para caldeireiros, carapinas, calafates, tacheiros, barqueiros e marinheiros, porque estas ocupações [re]querem maior advertência. Os que desde novatos se meteram em alguma fazenda, não é bem que se tirem dela contra sua vontade, porque facilmente se amofinam e morrem. Os que nasceram no Brasil, ou se criaram desde pequenos em casa dos brancos, afeiçoando-se a seus senhores, dão boa conta de si; e levando bom cativeiro, qualquer deles vale por quatro boçais.” ANTONIL, André João. Cultura e opulência do Brasil. São Paulo: Nacional, 1967. p. 159-160."
Ao analisarmos o texto, podemos encontrar a resposta da questão dentro dele. Segundo Antonil, não era de bom grado que escravos que desde sempre cresceram em uma fazenda fossem retirados dela contra sua própria vontade. Ao serem retirados e colocados em uma vida solitária e independente, esses escravos tendiam facilmente a amofinar (tornar-se infeliz) e costumavam vir a morrer.
Perguntas interessantes