Segundo a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (2008), a educação inclusiva “constitui um paradigma educacional fundamentado na concepção de direitos humanos, que conjuga igualdade e diferença como valores indissociáveis, e que avança em relação à ideia de equidade formal ao contextualizar as circunstâncias históricas da produção da exclusão dentro e fora da escola” (BRASIL, 2008, p. 5). É nessa perspectiva que o conceito de “deficiência” é pensado, visto como um conceito em evolução. O decreto 6949/2009 (advindo da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com deficiência – ONU/2006), em que traz essa perspectiva, também ressalta: “a deficiência resulta da interação entre pessoas com deficiência e as barreiras devidas às atitudes e ao ambiente que impedem a plena e efetiva participação dessas pessoas na sociedade em igualdade de oportunidades com as demais pessoas” (BRASIL, Decreto 6949/2009). Por isso, em uma perspectiva inclusiva, é necessário buscar transpor barreiras, tornando espaços e propostas acessíveis a todas as pessoas, sejam elas com ou sem deficiências. Perante as o exposto acima, um local pode ou não proporcionar acessibilidade às pessoas com alguma deficiência. Por exemplo, um elevador com numeração também em braile permite que uma pessoa cega o exposto acima, um local pode ou não proporcionar acessibilidade às pessoas com alguma deficiência; No momento em que não há a numeração em braile, há uma barreira para essa pessoa, colocando em evidência a sua deficiência visual. Diante do exposto, o seu Desafio é descrever um espaço, situação ou proposta, no ambiente escolar, em que um estudante com deficiência encontraria barreiras para se locomover, compreender, lidar ou resolver, trazendo em sua escrita a forma como essas barreiras poderiam ser transpostas ou, até mesmo, eliminadas.
Soluções para a tarefa
Resposta:O ambiente escolar vem se adequando para receber todas as crianças, porém, muitos alunos com deficiências ainda encontram barreiras e desafios que os fazem, assim como as suas famílias, questionarem seu “lugar” em uma escola de ensino regular. Uma situação muito comum diz respeito à questão arquitetônica das escolas, a qual proporciona ou não acesso a todos os ambientes da escola – biblioteca, sala, banheiros, quadras esportivas, entre outros – assim, exponho uma situação-espaço de uma escola em que há um degrau na entrada de todas as salas de aula, bem como uma escadaria e um caminho de chão batido para acesso à quadra esportiva. Quando um estudante com deficiência motora, sendo ou não usuário de cadeira de rodas, matricula-se nesse ambiente, terá dificuldades em utilizar os espaços com a mesma facilidade que uma criança sem deficiência.
Frente ao exposto, é necessária a adequação dos espaços e acessos. Sendo assim, sugere-se a simples construção de rampas de acesso, lembrando que nelas qualquer criança poderá percorrer – cadeirantes, com dificuldades para caminhar, ou não. Dessa forma, não “eliminaríamos” as barreiras, pois a escadaria, provavelmente, seria mantida, mas passaríamos a ter novos caminhos, transpondo as barreiras e transformando essa escola em uma escola inclusiva.
Explicação: