Segundo a perspetiva de Popper, existem graus de corroboração?
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Resposta:
Uma teoria diz-se corroborada quando resiste aos testes destinados a falsificá-la. Para ser corroborada uma teoria deve apresentar um bom conteúdo empírico que restrinja aquilo segundo as suas previsões pode acontecer ‒ de modo a não ser vaga ‒ e deve passar em testes sérios e rigorosos.
Explicação:
Resposta:
Uma teoria diz-se corroborada quando resiste aos testes destinados a falsificá-la. Para ser corroborada uma teoria deve apresentar um bom conteúdo empírico que restrinja aquilo segundo as suas previsões pode acontecer ‒ de modo a não ser vaga ‒ e deve passar em testes sérios e rigorosos.
Há agora que aclarar os termos “confirmação” e “corroboração”, que na sua aceção comum são sinónimos ou quase, de tal forma que mesmo Popper, distraidamente, por vezes não se inibe de falar de confirmações de teorias. Já apontei o que, nestas discussões, se entende por “confirmação”: uma teoria é confirmada por dados empíricos quando esses dados a apoiam num certo grau. A confirmação, portanto, é algo positivo. Já a corroboração é somente a ausência de algo negativo: uma teoria corroborada, para Popper, é uma teoria que, tendo sido sujeita a testes empíricos dignos desse nome, não foi refutada ou falsificada. Se uma teoria tiver sido submetida a muitos testes rigorosos e tiver sobrevivido a todos eles, terá um elevado grau de corroboração — o que até pode parecer uma coisa boa (a palavra ilude), mas na verdade não passa da ausência de uma coisa má, a refutação.