(...) Se tudo são troncos, não é sermão, é madeira. Se tudo são ramos, não é sermão, são maravalhas. Se tudo são folhas, não é sermão, são verças. Se tudo são varas, não é sermão, é feixe. Se tudo são flores, não é sermão, é ramalhete. Serem tudo frutos, não pode ser; porque não há frutos sem árvore. Assim que nesta árvore (...), há de haver o proveitoso do fruto, o formoso das flores, o rigoroso das varas, o vestido das folhas, o estendido dos ramos, mas tudo isto nascido e formado de um só tronco, e esse não levantado do ar, senão fundado nas raízes do Evangelho (...)
VIEIRA, Pe. A. Sermão da Sexagésima. In: Sermões. 12. ed. Rio de Janeiro: Agir, 1995. p. 133.
No Sermão da Sexagésima, Padre Antônio Vieira trata da arte de pregar e conclui que a palavra de Deus não dá frutos por culpa dos pregadores que não desenvolvem uma argumentação sólida e coerente. Para construir sua argumentação nesse trecho, Padre Vieira utiliza um recurso estilístico comum em sua obra. Esse recurso é
a) a ironia.
b) o cultismo.
c) o hipérbato.
d) o paralelismo sintático.
e) a interrogação retórica.
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reposta correta e a letra c
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Olá!
A alternativa C) é a correta.
O hipérbato é uma técnica da língua portuguesa, uma figura de linguagem que é baseada na troca de ordem direta das palavra de uma oração ou dos nomes e seus determinantes.
Pode ser utilizada em qualquer tipo de texto, mas é recomendado o seu uso em textos curtos.
As figuras de linguagem se confundem com jogos de palavras pois esses mudam o sentido das orações.
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