[...] Se tudo são troncos, não é sermão, é madeira. Se tudo são ramos, não é sermão, são maravalhas. Se tudo são folhas, não é sermão, são verças. Se tudo são varas, não é sermão, é feixe. Se tudo são flores, não é sermão, é ramalhete. Serem tudo frutos, não pode ser; porque não há frutos sem árvore. Assim que nesta árvore [...], há de haver o proveitoso do fruto, o formoso das flores, o rigoroso das varas, o vestido das folhas, o estendido dos ramos, mas tudo isto nascido e formado de um só tronco, e esse não levantado do ar, senão fundado nas raízes do Evangelho [...] VIEIRA, Pe. A. Sermão da Sexagésima. In: Sermões. Rio de Janeiro: Agir, 1995. No Sermão da Sexagésima, Padre Antônio Vieira trata da arte de pregar e conclui que a palavra de Deus não dá frutos por culpa dos pregadores que não desenvolvem uma argumentação sólida e coerente. Para construir sua argumentação nesse trecho, Padre Vieira utiliza um recurso estilístico comum em sua obra. Esse recurso é
Soluções para a tarefa
Respondido por
22
Parece que você se esqueceu de colocar as alternativas. São estas:
a) a ironia.
b) o cultismo.
c) o hipérbato.
d) o paralelismo sintático.
e) a interrogação retórica.
Alternativa D.
Nesse trecho do Sermão da Sexagésima, Vieira se apoia no paralelismo sintático para construir seu texto e defender seus argumentos. O paralelismo sintático ocorre quando há um encadeamento de orações com o mesmo valor sintático, criando, assim, uma progressão textual. É justamente isso que há nesse trecho do texto: frases com a mesma estrutura sintática.
Todos os períodos se iniciam com uma oração condicional introduzida pela conjunção "se" ("Se tudo são troncos..."), seguida por uma frase negativa ("não é sermão") e termina com uma frase afirmativa ("é madeira").
Perguntas interessantes
Geografia,
8 meses atrás
Pedagogia,
8 meses atrás
Matemática,
8 meses atrás
Matemática,
1 ano atrás
História,
1 ano atrás
ENEM,
1 ano atrás