Se o senhor não tá lembrado, dá licença de contar
Ali onde agora está este adifício arto
Era uma casa véia, um palacete assobradado
Foi aqui seu moço, que eu, Mato Grosso e o Joca
Construimo nossa maloca
Mais um dia, nóis nem pode se alembrá
Veio os home com as ferramenta e o dono mandô derrubá...
[...]
Que tristeza que nóis sentia, cada táuba que caía
Doía no coração...
[...
Barracão de zinco
Sem telhado, sem pintura
Lá no morro
Barracão é bangalô
[...]
Lá não existe
Felicidade de arranha-céu
[...]
Tem alvorada, tem passarada
Alvorecer
[...]
E o morro inteiro no fim do dia
Reza uma prece ave Maria
Nos poemas é possível identificar a condição social do narrador-personagem.
Enumere os objetos geográficos, presentes no texto, que possibilitam esta identificação.
Os dois poemas apresentam alguma relação com o que está sendo apresentado neste Folhas? Comente.
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Resposta:
No primeiro, vemos um casal de idosos de Mato Grosso que moravam numa invasão e sua casa foi derrubada para construírem um prédio. Ficaram desolados sem saber onde morar.
No segundo texto, o poeta mostra como o favelado gostava de sua vida no morro com alvorada, passarada e amanhecer.
É uma relação de moradia, mas existia a diferença: tristeza X alegria.
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