Filosofia, perguntado por brendasilva9880, 11 meses atrás

Se "não vale a pena viver uma vida sem reflexão", então o pensar acompanha o viver, quando se envolve com

conceitos como justiça, felicidade, moderação, prazer, com palavras que designam coisas invisíveis que a língua nos

ofereceu para explicar o significado de tudo o que acontece em nossa vida quando estamos vivos. Sócrates dá a essa

busca o nome de Eros, um tipo de amor que é antes de tudo uma falta - deseja o que não possui - e que é o único

assunto de que Sócrates se diz conhecedor. Os homens amam a sabedoria e fazem filosofia por não serem sábios,

assim como amam a beleza, e, por assim dizer, 'fazem o belo' por não serem belos. Desejando o ausente, o amor

estabelece com ele uma relação. Para trazer à luz esta relação, torná-la aparente, os homens falam sobre ela do mesmo

modo que o amante deseja falar de sua amada. Uma vez que a busca é uma espécie de amor e desejo, os objetos do

pensamento só podem ser coisas merecedoras de amor - beleza, sabedoria, justiça etc. (Hannah Arendt. "Pensamento e

considerações morais". Em: A dignidade da política. p. 160)

O cartum de Quino (à esquerda) faz referência ao

filósofo grego Sócrates, que viveu no século V a.C., em

Atenas. Sócrates dedicou a vida a praticar a filosofia com

aqueles que estivessem dispostos a investigar suas

próprias questões, buscando compreender o próprio

pensamento, seus pressupostos e as consequências daí

advindas.

Os companheiros de diálogo de Sócrates eram

principalmente os jovens atenienses. Entre eles, havia um

discípulo que mais tarde se tornaria um filósofo famoso:

Platão. Foi Platão quem escreveu os Diálogos, nos quais

Sócrates aparece como personagem e interlocutor de

conversas filosóficas sobre os mais variados temas: o

amor, o conhecimento, a coragem, a morte, a verdade, a

aprendizagem...

Lendo os Diálogos, percebemos que o método de

investigação que Sócrates utilizava para filosofar

caracterizava-se por:

• reconhecer a própria ignorância como ponto de

partida e abertura para o ato de conhecer;

• fazer perguntas que levassem o interlocutor a

examinar cuidadosamente as ideias que ele e os outros

apresentavam sobre o tema em discussão.

Como filósofo, Sócrates examinava com rigor as

ideias de qualquer um que se dispusesse a discutir com

ele, e isso costumava encantar os jovens. Infelizmente,

também despertou a desconfiança de alguns cidadãos

atenienses. Foram eles que levaram Sócrates ao tribunal,

quando ele tinha cerca de 70 anos, acusando-o de ateísmo e corrupção da juventude. Julgado e condenado, foi

obrigado a beber cicuta, um veneno. Seus amigos o incentivaram a fugir, mas Sócrates preferiu cumprir as leis da

cidade que amava e pela qual tantas vezes lutara, em guerras, defendendo a democracia e a liberdade.

Conforme já vimos no texto de Hannah Arendt, para Sócrates não fazia sentido viver sem filosofar, ou seja,

sem poder investigar e examinar a si mesmo, aos outros e ao mundo. E isso se reflete claramente em sua máxima:

"Uma vida sem reflexão não vale a pena ser vivida”.

Conforme o cartum, vimos que Sócrates foi morto por causa daquilo que pensava. Em sua

opinião, por que alguém morre por uma causa?

Qual era o método de investigação que Sócrates utilizava para filosofar?​

Anexos:

Soluções para a tarefa

Respondido por jess982140071
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Resposta:

"Uma vida sem reflexão não vale a pena ser vivida"

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