Se não é mais o corpo que se dirige a punição, em suas formas mais duras, sobre o que, então se exerce? A resposta dos teóricos – daqueles que abriram, por volta de 1780, o período que ainda não se encerrou – é simples, quase evidente. Dir-se-ia inscrita na própria indagação. Pois não é mais o corpo, é a alma. À expiação que tripudia sobre o corpo deve suceder um castigo que atue, profundamente, sobre o coração, o intelecto, a vontade, as disposições.
Procurando pela origem genealógica e pelos elementos distintivos do sistema punitivo moderno, Foucault o distingue do sistema punitivo medieval. Para esse autor, o sistema punitivo moderno
A- concentra a pena única e exclusivamente na alma, abdicando por completo de sua influência no corpo.
B- abandona a ênfase conferida ao caráter físico da pena, concentrando-se na restrição da liberdade e de direitos.
C- espetaculariza a aplicação da pena, transformando o indivíduo que a ela é sujeito em exemplo para os demais.
D- rejeita a finalidade punitiva da pena, identificando a ressocialização como único fim legítimo de sua aplicação.
E- identifica o corpo enquanto local adequado para a incidência da pena, promovendo o castigo corpóreo a título de punição.
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d e a resposta certa te solta e errada
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