Português, perguntado por margaridanbarcelos, 11 meses atrás

Se muito sofri já, não mo perguntes (Gonçalves Dias) Se muito sofri já, se ainda sofro Por teu amor?! Não mo perguntes! que do inferno a vida Não é pior!... Eu! vegetar da terra entre os felizes! Que faço aqui? Sonhos de amor, de glória, - lá se foram Atrás de ti! A ver se encontro d’esperança um raio Olho em redor, E nada vejo, e mais profunda sinto No peito a dor! (...) Nesse fragmento de um poema de Gonçalves Dias , apenas não é possível reconhecer que Ao eu lírico usa, em seus versos, do recurso das interrogações, que conferem maior dramaticidade às suas palavras. B estão presentes, como recursos que marcam o exagero sentimental, exclamações e reticências. Chá, no texto, manifestações das funções de linguagem apelativa, poética e emotiva. Dos advérbios “já” e “ainda”, no primeiro dos versos transcritos, são marcas temporais que expressam a continuidade do sofrimento. E o eu lírico, no primeiro verso da segunda estrofe, ainda admite fazer parte de um grupo de pessoas felizes.

Soluções para a tarefa

Respondido por mnvsm
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E) o eu lírico, no primeiro verso da segunda estrofe, ainda admite fazer parte de um grupo de pessoas felizes.

Ao mencionar o fato de “vegetar entre felizes”, o eu-lírico estabelece uma distinção antitética entre ele (que vegeta, é infeliz, triste) e os outros (os felizes). Não é um deles, mas um que se distingue deles...  

Todas as demais opções estão corretas e são praticamente autoexplicativas. Oportuno lembrar que a presença da primeira pessoa, de exclamações, reticências, perguntas enfáticas, contribui para a função emotiva da linguagem, assim como a figura de uma interlocutora, a quem o eu-lírico se dirige, marca função apelativa. A função poética está no tratamento especial conferido à linguagem, inclusive por meio de figuras (hipérbole, antítese, hipérbato).

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