- “Se fizéssemos uma história do controle social do corpo, poderíamos mostrar que, até o século XVIII inclusive, o corpo dos indivíduos é essencialmente a superfície de inscrição de suplícios e de penas; o corpo era feito para ser supliciado e castigado. Já nas instâncias de controle que surgem a partir do século XIX, o corpo adquire uma significação totalmente diferente; ele não é mais o que deve ser supliciado, mas o que deve ser formado, reformado, corrigido, o que deve adquirir aptidões, receber um certo número de qualidades, qualificar-se como corpo capaz de trabalhar.” FOUCAULT, M. Conferência V. In: A verdade e as formas jurídicas. Rio de Janeiro: Nau, 2002, p. 119. De acordo com o pensamento de Michel Foucault, o que significa essa valorização dos corpos e qual a relação existente com a sociedade capitalista?
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Na obra de Michel Foucault, o corpo não se encontra apenas como algo orgânico, mas sim um campo onde diversas forças são operacionalizadas, entre elas como os corpos são indicados em uma lógica de punição.
A sociedade capitalista passa a ver o corpo como uma forma de possível consumo, de modificação e também de expressão de momentos ritualísticos, inclusive no que diz respeito à pena e sua aplicação na sociedade moderna.
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