Se eu morresse amanhã
Se eu morresse amanhã, viria ao menos
Fechar meus olhos minha triste irmã;
Minha mãe de saudades morreria
Se eu morresse amanhã!
Manuel Antônio Álvares de Azevedo nasceu em São Paulo. Era o segundo filho de uma família de classe média. Aos três anos, deparou-se com a morte do irmão recém-nascido, restando-lhe apenas a irmã a quem se refere, muitas vezes, em seus poemas. Aos dezesseis anos, iniciou sua produção literária. Morreu antes de completar vinte e um anos, no Rio de Janeiro, vítima de tuberculose e de um tumor na fossa ilíaca por ter sofrido uma queda de cavalo. Como poeta da segunda geração, sua temática representa o verdadeiro mal-do-século na poesia, sobretudo em relação ao amor idealizado e à morte como fuga de suas insatisfações.
Quanta glória pressinto em meu futuro!
Que aurora de porvir e que manhã !
Eu perdera chorando essas coroas
Se eu morresse amanhã!
Que sol! Que céu azul! Que doce n’ alva
Acorda a natureza mais louçã!
Não me batera tanto amor no peito
Se eu morresse amanhã!
Mas essa dor da vida que devora
A ânsia de glória, o dolorido afã...
A dor no peito emudecera ao menos
Se eu morresse amanhã!
(Álvares de Azevedo)
Vocabulário:
Afã : trabalho, lida, cansaço, fadiga
Louçã: fresca, vigorosa, graciosa
Alva : a primeira luz da manhã
Porvir: futuro
Curiosidade: O poema “Seu eu morresse amanhã” foi escrito por Álvares de Azevedo poucos dias antes de sua morte. No dia do enterro do poeta, foi lido pelo escritor Joaquim Manuel de Macedo.
1. Na 1ª estrofe, o eu-lírico mostra uma expectativa negativa em relação à atitude das pessoas no dia de sua morte. Copie o verso que confirma essa afirmativa.
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Resposta:
"Minha mãe de saudades morreria"
Pra mim todos são de um negativismo grande, mas esse aí é o mais extremo.
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