Português, perguntado por patriciabrandaoreis2, 4 meses atrás

“Se a vida é um jogo e o jogo pode se transformar em brincadeira, porque não viver brincando e aprender com a brincadeira? [...] a brincadeira permite ao educando criar, imaginar, fazer de conta, funcionam como laboratório de aprendizagem, permite ao educando experimentar, medir, utilizar, equivocar se e fundamentalmente aprender”. BARBOSA, José Juvêncio. Alfabetização e leitura. São Paulo: Cortez, 2006, p.122 O trabalho de produção de texto passa pela compreensão dos sentidos de coerência e coesão textual, mas como trabalhar essa conceitos é o que difere os caminhos de aprendizagem. Após ler o excerto e com base nesta informação analise as asserções abaixo: I. A compreensão de conceitos mais complexos e analíticos, como coerência e coesão textual, podem ser apresentados de forma lúdica, criativa e dinâmica para envolver o aluno em um universo de imersão nos conceitos por meio da brincadeira. PORQUE II. A regra pela regra nem sempre ocasiona a real dimensão de sua utilidade concreta e prática, pois pode ser apresentada de forma descontextualizada, não representar o universo do aluno e sem apenas mais uma regra para a prova. A respeito dessas asserções, assinale o que for correto: Alternativas Alternativa 1: As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I. Alternativa 2: As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I. Alternativa 3: A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. Alternativa 4: A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. Alternativa 5: As asserções I e II são proposições falsas.

Soluções para a tarefa

Respondido por 4leph
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A resposta correta é a 1.

As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I.

Vamos analisar o porquê, relendo o texto.

A compreensão de conceitos mais complexos e analíticos, como coerência e coesão textual, pode ser apresentada de forma lúdica, criativa e dinâmica para envolver o aluno em um universo de imersão nos conceitos por meio da brincadeira,  porque a regra pela regra nem sempre ocasiona a real dimensão de sua utilidade concreta e prática, pois pode ser apresentada de forma descontextualizada, não representar o universo do aluno e ser apenas mais uma regra para a prova.

Relendo o texto, percebemos que o apresentado em l é justificado em ll, ou seja, simplesmente explicar nomenclaturas complexas da forma tradicional - "[...]porque a regra pela regra nem sempre ocasiona a real dimensão de sua utilidade concreta e prática..." - , dificulta a assimilação dos conceitos pelos alunos.

Por exemplo:

  • "O que é um adjunto adverbial? Adjunto adverbial é..."
  • "O que é o agente da passiva? O agente da passiva é..."
  • "O que é regência e quando se aplica? A regência é..."

Isto se dá porque além de ter de decorar uma nomenclatura nova (o aluno nuca ouviu de falar de agente da passiva), ele também terá de lembrar o que é e para que serve, ou seja, é um duplo esforço que gera desgaste a dificulta o aprendizado.

Sendo assim, fica claro que apresentar estes conceitos dentro de um contexto que faça sentido para o discente, de forma lúdica, tornará muito mais fácil a assimilação destes para sua posterior aplicação e até maestria, pois se [...] o jogo pode se transformar em brincadeira, porque não viver brincando e aprender com a brincadeira? [...]

Isto, obviamente, não quer dizer que devemos transformar a sala de aula em um parque de diversões sem regra alguma: pelo contrário, quer dizer que o docente bem preparado deve possuir as ferramentas e o conhecimento necessários para saber quando, como e em quais lugares deve ou não usar a ludicidade em favor do discente - pois existem as que ela não será favorável, e muitas, mas isto quem deve analisar é o docente bem preparado, junto ao apoio pedagógico de sua instituição.

Além disso, hoje temos suficiente material de pesquisa que comprova que determinadas personalidades em certos momentos do aprendizado são mais eficientes sozinhas do que no grupo, mas este não é o ponto aqui.

Devemos lembrar que o excesso, ou mesmo carência, de qualquer elemento dentro de um sistema causa instabilidade e desequilíbrio. Tomemos nosso corpo como exemplo. Comer alho traz certos benefícios à saúde (segundo a ciência moderna). Ponto.

Mas... o que aconteceria se decidíssemos basear toda a nossa dieta à base de alho? E é mesmo o alho um alimento milagroso para todos os mais de 7 bilhões de seres humanos do planeta Terra?

Bom senso e equilíbrio são a resposta para boa parte das perguntas da humanidade, e não é diferente no campo da docência.

Mais sobre ludicidade no ensino aqui: https://brainly.com.br/tarefa/51495826

#SPJ1

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