("Se a amazônia, pela ótica humanista, deve ser internacionalizada, tudo o mais que tem importância para humanidade também deve ser internacionalizado."), Cristovam Buarque incorpora a tese defendida por um humanista. Qual intenção a adotar essa estratégia? Explique
Soluções para a tarefa
Resposta:
O artigo desta semana é diferente. Presenteio os leitores com texto inédito do grande Senador da República, magnífico educador Cristovam Buarque, na ocasião Ministro da Educação. Homem simples, de rara inteligência e arguta sensibilidade, elevado grau de respeito ao país, é uma reserva moral que tem o Brasil. Bem poderia ser nosso presidente. Mas isso é outra história! Vamos ao que disse, naquele ano de 2000, numa universidade americana, quando instigado por um estudante, sobre a internacionalização da Amazônia. Perguntou-lhe o estudante: – O que o senhor acha da internacionalização da Amazônia? Responda-me como humanista e não como brasileiro.
Esta foi a resposta do Senhor Cristovam Buarque:
“De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a internacionalização da Amazônia. Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse patrimônio, ele é nosso! Como humanista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre a Amazônia, posso imaginar a sua internacionalização, como também de tudo o mais que tem importância para a humanidade.
Se a Amazônia, sob uma ética humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro. O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazônia para o nosso futuro.
Explicação:
Resposta:
internacionalização da Amazônia, que é um fato que vem sendo discutido a partir dos meados da década de 80, quando alguns políticos de países de primeiro mundo, discutindo sobre o pagamento da dívida externa do Brasil, pensaram no pagamento com reservas naturais, indústrias, etc.
Foi mais fortemente discutida no final dos anos 90, inclusive pelo ex-presidente do EUA Geore W. Bush, que falou sobre a Internacionalização da Amazônia em alguns de seus discursos para presidência. Estamos passando por um caso que muitos acham incorreto, como brasileiros, mas outros têm uma opinião contrária, de que a Amazônia seja um patrimônio de todo mundo, que todos deveriam comandá-la.
Na medida em que a Amazônia ia sendo revelada ao Brasil através dos inúmeros inventários e levantamentos de seus recursos naturais, minerais e energéticos, a década de 80 e 90 assistia à entrada em operação de inúmeros projetos de impacto, no setor de mineração e eletricidade.