Saudades
"Tenho saudades de muitas coisas
do meu tempo de menininha:
sentar no colo do meu pai,
ninar boneca sem receios,
chorar de medo da morte da mãe,
sonhar com festa e bolo de aniversário
cantar com os anjos na igreja,
ouvir as mágicas histórias de vovó,
brincar de pique, de corda e peteca, acreditar em cegonhas, fadas e bruxas
e sobretudo no Papai Noel
Será que quando for velhinha,
e já estiver caducando,
vou viver tudo de novo?"
1. O poema apresenta duas partes e duas estrofes. Toda a 1ª estrofe é organizada em torno da oração constituída pelos dois primeiros versos. Nessa oração:
a) Qual é o sujeito?
b) Que função sintática desempenham os termos saudades e de muitas coisas do meu tempo de menininha?
2. Observe que as "coisas" mencionadas nos dois primeiros versos não são especificadas neles.
a) Que outros versos especificam as "coisas" de que o eu lírico tem saudades?
b) Divida em orações o trecho constituído por esses versos e classifique cada uma delas.
3. Identifique as "coisas" de que o eu lírico tem saudades.
a) Entre elas, há apenas "coisas" boas? Justifique sua resposta.
b) Que palavra pode resumir tudo aquilo de que o eu lírico tem saudades?
Soluções para a tarefa
₂ do meu tempo de menininha:
₃ sentar no colo do meu pai,
₄ ninar boneca sem receios,
₅ chorar de medo da morte da mãe,
₆ sonhar com festa e bolo de aniversário
₇ cantar com os anjos na igreja,
₈ ouvir as mágicas histórias de vovó,
₉ brincar de pique, de corda e peteca,
₁₀ acreditar em cegonhas, fadas e bruxas
₁₁ e sobretudo no Papai Noel
₁₃ Será que quando for velhinha,
₁₄ e já estiver caducando,
₁₅ vou viver tudo de novo?"
1.
a) Sujeito oculto (eu).
b) "... saudades de muitas coisas do meu tempo de menininha."
↓ ↓
objeto direto complemento nominal
2.
a) Os versos 3 ao 11.
b)
Tenho saudades de sentar no colo do meu pai, [oração principal]
de ninar boneca sem receios. [oração coordenada assindética aditiva]
de chorar de medo da morte da mãe. [or. coord. assindética aditiva]
de sonhar com festa e bolo de aniversário. [or. coord. assindética aditiva]
de cantar com os anjos na igreja. [or. coord. assindética aditiva]
de ouvir as mágicas histórias de vovó. [or. coord. assindética aditiva]
de brincar de pique, de corda e peteca. [or. coord. assindética aditiva]
de acreditar em cegonhas, fadas e bruxas [or. coord. assindética aditiva]
e, sobretudo, no Papai Noel.
3.
a) Não. Também há coisas tristes, como "chorar de medo da morte da mãe".
b) O eu lírico tem saudades da sua infância, mais precisamente da simplicidade,pureza e ingenuidade desse período da vida. Assim, para resumir em uma palavra poderíamos dizer que o eu lírico tem saudades da infantilidade.
1. A. Sujeito oculto- Eu.
"Tenho saudades de muitas coisas do meu tempo de menininha".
Nota-se que faz referência a primeira pessoa do singular- Eu.
Lembrando que o sujeito oculto é aquele que mesmo não estando representado na oração, conseguimos identificá-lo.
A conjugação seria:
Eu tenho.
b. "Saudades de muitas coisas do meu tempo de menininha".
↓ ↓
objeto direto complemento nominal
Destaca-se que o objeto direto é aquele que não possui preposição. Por sua vez, o indireto é seguido de preposição.
2- A. Os versos de 3 ao 11 apresentam as coisas que o eu lírico tem saudade, como "sentar no colo do meu pai", "chorar de medo da morte da mãe", etc.
B. "sentar no colo do meu pai, / ninar boneca sem receios, / chorar de medo da morte da mãe, / sonhar com festa e bolo de aniversário, / cantar com os anjos na igreja, / ouvir as mágicas histórias de vovó, / brincar de pique, de corda e peteca, / acreditar em cegonhas, fadas e bruxas e sobretudo no Papai Noel"
As orações apresentadas são classificadas como orações subordinadas substantivas apositivas reduzidas de infinitivo. Isto quer dizer que são orações que não têm conjunção e que as suas formas nominais são realizadas por infinitivo.
O infinitivo consiste nas terminações: AR, ER e IR. Ou seja, amar, comer, partir.
3- A. Não existem somente coisas boas, visto que o eu lírico fala sobre 'chorar de medo da morte da mãe'. Portanto há uma coisa triste, pois teme a morte de sua mãe. Mas em sua maioria são coisas boas que aconteceram no seu tempo de criança.
B. O resumo seria saudades da infância, pois o eu lírico demonstrou em diferentes versos como era a sua vida nesse período, no qual brincava, era ingênuo, simplista. Portanto existe uma saudade daquele tempo de criança, das coisas que brincava.
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