São estabelecidos fortes vínculos por Hannah Arendt entre o indivíduo e a sociedade. Sua compreensão da liberdade também são percebidas quando focamos em outra aptidão humana, a responsabilidade. A renúncia ao processo individual de pensar, ou a tentativa de se tornar irresponsável por um juízo crítico – “Quem sou eu para julgar?”, “Se fazem assim é porque deve estar certo...” – acaba por negar a própria condição de pessoa dos seres humanos. Arendt, em linha com esta afirmação da autonomia no exercício do pensar, critica a ideia de responsabilidade coletiva – “É porque todo mundo faz desse jeito” - , já que a responsabilização coletiva impede que cada um assuma sua responsabilidade individual.
Considerando esse contexto, avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre elas.
I - O exercício da liberdade está vinculado ao consumo desenfreado e ao acúmulo de riquezas, além do usufruto do livre arbítrio.
PORQUE
II - O homem exerce seu trabalho de forma exaustiva e individualista, levando-o a insatisfação pessoal constante.
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta.
Selecione uma alternativa:
a)
A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
b)
As asserções I e II são proposições falsas.
c)
As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa da I.
d)
A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
e)
As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I.
Soluções para a tarefa
Resposta:
Explicação:
As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa da I.
Para a filósofa alemã Hannah Arendt, a liberdade é uma condição fundamental para a existência humana, entretanto, a insatisfação pessoal do trabalho excessivo, não se relaciona à liberdade. Portanto, a alternativa correta é: c) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa da I.
Liberdade e Trabalho para Hannah Arendt
Para Arendt, o exercício da liberdade é importante para a vida política, pois é através dele que o indivíduo tem a possibilidade de agir e participar ativamente da vida pública, tornando-se um cidadão ativo e consciente.
Para a filósofa, a insatisfação pessoal constante decorrente do trabalho cansativo e exaustivo não é uma consequência da liberdade, mas sim da ausência de ação e de participação na vida política.
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