"São esses canibais que conhecerão com Montaigne uma consagração duradoura.
Tornam-se a má-consciência da civilização, seus juízes morais, a prova de que existe
uma sociedade igualitária, fraterna, em que o Meu não se distingue do Teu, ignorante
do lucro e do entesouramento, em suma, a da Idade de Ouro. Suas guerras
incessantes, não movidas pelo lucro ou pela conquista territorial, são nobres e
generosas.". (CUNHA, Manuela Carneiro da. Imagens de índios do Brasil: o século
XVI. Estud. av., São Paulo, v. 4, n. 10, Dec. 1990, p. 100.)
O trecho acima se refere ao impacto que a figura de certos índios canibais
brasileiros teve sobre os europeus no século XVI e, em especial, sobre o pensador
francês Michel de Montaigne. Os índios canibais de que Montaigne teve notícia à época
eram:
a) Os índios da tribo tupinambá.
b) Os ín
Soluções para a tarefa
Resposta:
LETRA A
Explicação:
A tribo dos tupinambás praticava rituais antropofágicos e foi a partir dos relatos das ações dessa tripo que Michel de Montaigne desenvolveu sua reflexão, que hoje consta em seu livro “Ensaios”.
Os índios canibais de que Montaigne teve notícia à época foram os índios da tribo tupinambá (alternativa A).
A tribo Tupinambá é nativa do Brasil e, já no século XVI (época das Grandes Navegações europeias) viviam a costa brasileira. Seus costumes eram excêntricos à cultura europeia, pois praticavam rituais antropofágicos, isto é, o canibalismo. Ao se alimentar do seu adversário, os índios desta tribo criam estar se abastecendo das suas virtudes.
Montaigne, filósofo humanista francês, ficou impressionado com os relatos desta tribo e escreveu uma obra denominada "Ensaios", símbolo da antropologia, em que traz uma perspectiva inovadora sobre o habitus da tribo Tupinambá.
O autor desmistifica o rótulo de "selvagens" dado pelo povo europeu à tribo e relata que eles (os nativos) são mais civilizados do que os cidadãos europeus, pois são desprendidos de quaisquer padrões ou normas sociais; são livres e autônomos. Montaigne, com esses escritos, mostra à Europa que o diferente não é um erro, mas um despertar para os livramentos dos preconceitos.
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