Biologia, perguntado por BrunaCaramel, 9 meses atrás

São conhecidas aproximadamente 100 mil espécies de fungos.Um dos critérios utilizados para classificar os fungos nos grupos é a forma do corpo.Quais são?Rápido

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Respondido por alicgirl
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Resposta:

Os fungos estão classificados atualmente em cinco grupos principais: quitrídeos, zigomicetos, glomeromicetos, basidiomicetos e ascomicetos, sendo este o mais diversificado.

Atualmente há cerca de 100 mil espécies de fungos conhecidas. No entanto, com o avanço da tecnologia e estudos moleculares, acredita-se que possa existir mais de 1,5 milhão de espécies.

Essas espécies estão distribuídas em cinco grupos principais: quitrídeos, zigomicetos, glomeromicetos, ascomicetos e basidiomicetos, embora existam evidências de que os quitrídeos e zigomicetos sejam parafiléticos, isto é, têm um ancestral comum, mas não isso não se estende a todos os descendentes.

→ Classificação dos fungos:

Quitrídeos (1.000 espécies): Os fungos do filo Chytridiomycota são encontrados em ambientes marinhos, lagos, solo e até mesmo em fontes hidrotermais. Podem formar colônias com hifas ou viverem solitários, como células esféricas. A grande maioria das espécies é decompositora, embora existam espécies parasitas de protistas, fungos, animais e plantas. São os únicos que apresentam esporos flagelados.

Zigomicetos (1.000 espécies): Os fungos do filo Zygomycota são geralmente encontrados no solo e não formam corpo de frutificação. Nesse grupo encontramos espécies responsáveis pela deterioração de diversos alimentos, os chamados mofos. Muitas espécies são também parasitas e outras vivem como simbiontes em animais. Aqui encontramos espécies de grande valor econômico, pois são utilizadas na fabricação de molhos de soja (shoyu), medicamentos anti-inflamatórios e anticoncepcionais. A forma mais comum de reprodução é a assexuada por esporos.

Glomeromicetos (160 espécies): Há pouco tempo as espécies do filo Glomeromycota estavam agrupadas em Zygomycota. No entanto, estudos recentes com o DNA de centenas de espécies mostraram que essas espécies formam um clado (grupo) separado. Elas têm grande valor ecológico, pois formam associações mutualísticas (micorrizas) com diversas espécies de plantas.

Ascomicetos (65.000 espécies): Os fungos do filo Ascomycota são encontrados em ambientes marinhos, de água doce e terrestre. Sua principal característica é ter seus esporos formados em ascos. Cada indivíduo pode possuir mais de um asco, que pode unir-se a outros, formando o ascocarpo (corpo de frutificação). Os ascomicetos podem ser encontrados desde a forma de leveduras unicelulares até grandes indivíduos com forma de taça. Podem ser patógenos e decompositores, além de ter grande valor econômico e medicinal. Espécies do gênero Penicillium são utilizadas na fabricação de queijos especiais, como o camembert, e na fabricação da penicilina. A principal forma de reprodução é a assexuada.

Basidiomicetos (30.000 espécies): As espécies do filo Basidiomycota são as mais conhecidas, pois entre elas está o comestível champignon, bem como os decompositores orelhas-de-pau. Aqui também se encontram espécies mutualísticas (micorrizas) e parasitas, como as conhecidas ferrugens. A reprodução sexuada é mais frequente e ocorre pela fusão de hifas, que crescem e dão origem ao basidiocarpo (corpo frutífero). Em algumas espécies, o basidiocarpo tem a forma de um chapéu e é popularmente chamado de cogumelo.

Alguns autores trazem dentro da classificação dos fungos o grupo deuteromicetos. No entanto, após estudos moleculares, as espécies pertencentes a esse grupo estão sendo remanejadas para outros grupos, especialmente os ascomicetos. Nos deuteromicetos não se observa o processo sexuado de reprodução e há um grande número de espécies patogênicas, como as causadoras de “sapinho” em crianças e de candidíase.

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