São características socioeconômicas comuns aos países latino-americanos: * 2 pontos a) Má distribuição de renda, concentração de terras e desenvolvimento de alta tecnologia. b) Altos índices de pobreza, mas inexistência de pobreza absoluta. c) Grande dívida externa, alta inflação e altos índices de pobreza. d) Ausência de carência habitacional, inflação elevada e baixa tecnologia.
Soluções para a tarefa
Resposta:
de nd
Explicação:
Resumos
Analisa-se a experiência de ajuste econômico da América Latina nos anos 80 e inicios do anos 90. Os programas de ajuste aplicados pelas instituições financeiras internacionais corrigiram alguns problemas mas criaram novos. A grande maioria dos países apresenta crescimento mais lento e inflação mais elevada do que nos anos 60 e 70. Houve grande aumento na incidência da pobreza e a distribuição de renda se agravou. As evidências estatísticas mostram que a agenda de ajuste defendida pelo
DESENVOLVIMENTO SOCIAL
O ajustamento na América Latina: crítica ao modelo de Washington*
RESUMO
Analisa-se a experiência de ajuste econômico da América Latina nos anos 80 e inicios do anos 90. Os programas de ajuste aplicados pelas instituições financeiras internacionais corrigiram alguns problemas mas criaram novos. A grande maioria dos países apresenta crescimento mais lento e inflação mais elevada do que nos anos 60 e 70. Houve grande aumento na incidência da pobreza e a distribuição de renda se agravou. As evidências estatísticas mostram que a agenda de ajuste defendida pelo chamado "Consenso de Washington" mostrou-se ineficiente do ponto de vista técnico e politicamente inadequada.
ABSTRACT
This article presents a comprehensive analysis of the Latina American adjustment experience during the eighties and early nineties. The adjustment programs applied by the international financial institutions have solved some problems but created new ones. In the vast majority of countries, economic growth is slower and inflation is higher than in the sixties and seventies. Poverty showed a great increase and the income distribution became worse. An analysis of the statistical evidence showns that the adjustment agenda applied according to the "Washington consensus" is technically inefficient as well as politically inadequate.
Durante as primeiras décadas do pós-Guerra, os países da América Latina, especialmente o Brasil, experimentaram longo período de crescimento sustentado a partir de um modelo econômico intervencionista voltado, entre outras coisas, para a substituição de importações. Embora esse modelo econômico tenha gerado desajustes econômicos graves, como a concentração de renda e o fechamento externo da economia, ele manteve durante mais de trinta anos grandes aumentos da renda per capita e diminuição significativa dos níveis de pobreza da região.
De fato, os números do desempenho econômico da América Latina durante o período de pós-Guerra são impressionantes. O PIB da região cresceu em média 5, 0% ao ano na década de cinqüenta. Durante o período 1960-81, a taxa de crescimento do PIB se manteve em 5, 5% ao ano, o que significou 22 anos de crescimento robusto. Esse ritmo de crescimento esteve, por exemplo, bem acima da média dos países industrializados, cujo PIB cresceu em média 3, 8% ao ano durante o período 1960-81.1
A despeito da má distribuição de renda, essa fase de crescimento acelerado permitiu redução lenta mas substancial na incidência relativa da pobreza. A percentagem de famílias latino-americanas vivendo na pobreza diminuiu de 40% para 35% entre 1970 e 1980. No Brasil, essa percentagem caiu de 49% para 39% entre 1970 e 1979.2
Essa fase de prosperidade econômica sofreu, no entanto, brusca interrupção a partir de 1982. Após a chamada crise da dívida externa, muitos países da América Latina foram compelidos a implantar programas de ajustamento e reformas que promoveram mudanças nos modelos econômicos. Essa política de ajustamento foi realizada com base nas doutrinas do chamado "Consenso de Washington".
Esse ensaio procura proporcionar uma visão genérica das conseqüências macroeconômicas dos programas de ajustamento implantados na América Latina. As estatísticas sobre o desempenho recente da região apontam problemas ainda maiores do que os existentes no modelo de substituição de importações. No primeiro triênio dos anos noventa, a maioria dos países da América Latina ainda se apresentava com taxas de crescimento muito inferiores às respectivas médias históricas e enormes pressões sociais. Segundo estimativas da CEPAL, o número de habitantes latino-americanos vivendo na pobreza e na indigência aumentou de 136 milhões (41% da população) em 1980 para aproximadamente 196 milhões (46% da população) em 1990, ao mesmo tempo em que a faixa dos 5% mais ricos não teve reduzida sua renda e até conseguiu aumentá-la em alguns países.3
O ensaio está dividido em quatro seções. Na primeira seção discutimos brevemente as causas da crise econômico-financeira que engolfou a América Latina em 1982, realçando os equívocos e lacunas do diagnóstico que serviu de base aos programas de ajustamento e às reformas econômicas. dnd