sao as cinco partes do enredo da epopeia de Camões
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A Epopeia de Luís de Camões
A epopeia clássica
Camões escreveu Os Lusíadas sob a forma de narrativa épica ou epopeia, forma muito utilizada na Antiguidade Clássica e que Camões conhecia bem.
Definição de epopeia
Uma epopeia, forma literária da Antiguidade Clássica, define-se como uma narrativa, estruturada em verso, que narra, através de uma linguagem cuidada, os feitos grandiosos, de um herói, com interesse para toda a humanidade.
Aristóteles, filósofo grego que viveu durante o séc. III a. C., descreveu os requisitos necessários à composição de uma epopeia:
· Protagonista = Herói
· Acção
-unidade
-variedade
-verdade
-integridade
· Narração in medias res
· Intervenção do maravilhoso/sobrenatural
· Estrutura externa: Narrativa em verso
· Estrutura interna:
- proposição
- invocação
- dedicatória
- narração
· Inserção de considerações do poeta no texto
A epopeia de Luís de Camões
Ao analisarmos Os Lusíadas, e depois de conhecermos os elementos constituintes de uma epopeia, concluímos que Camões segue, em muitos aspectos, o modelo clássico apresentado.
Protagonista – O herói d’ Os Lusíadas é um herói colectivo e não individual, como nas antigas epopeias. O povo português é o protagonista desta epopeia, “o peito ilustre lusitano”, simbolicamente representado por Vasco da Gama, que, ao narrar a historia da pátria ao rei de Melinde, revela a heroicidade do seu povo.
Acção – A acção d’ Os Lusíadas é plena de heroísmo, pois narra a descoberta do caminho marítimo para a Índia, um acontecimento com interesse universal. A acção d’ Os Lusíadas apresenta quatro qualidades:
- unidade: é um todo harmonioso, todos os factos estão intrinsecamente ligados;
- variedade: apresenta grande variedade de episódios: mitológicos, bélicos, líricos, naturalistas e simbólicos;
- verdade: o assunto é quase na totalidade real, com alguns momentos de verosimilhança;
- integridade: a narrativa pode ser dividida em três momentos determinantes – introdução ( Canto I, estrofes 1 a 18), desenvolvimento ( Canto I, estrofe 19, a Canto X, estrofe 144) e conclusão (Canto X, estrofes 145 a 156).
Narração – In medias res (a meio da acção)
No inicio da narração (estrofe 19, Canto I), a acção apresenta-se numa fase adiantada, in medias res –“Já no largo Oceano navegavam”; mais adiante, através de uma analepse, narram-se os preparativos da viagem, as despedidas em Belém, o discurso do Velho do Restelo e a partida para a Índia (Canto IV).
Maravilhoso – n’Os Lusíadas há intervenção de entidades sobrenaturais pagãs, os deuses venerados na civilização greco-latina, que favorecem os portugueses – adjuvantes, como Júpiter e Vénus – ou os que prejudicam – oponentes, como Baco, que se revela o principal opositor dos marinheiros. Trata-se do maravilhoso pagão.
Há também súplicas feitas a Deus, à “Divina Providência”. Trata-se do maravilhoso cristão.
Estrutura Interna – Os Lusíadas dividem-se em quatro partes:
- Proposição: o poeta expõe os seus objectivos (Canto I, estrofes 1 a 3);
- Invocação: Camões pede inspiração às Tágides (ninfas do Tejo) (Canto I, estrofes 4 e 5);
- Dedicatória: o poeta dedica a sua obra ao rei D. Sebastião (Canto I, estrofes 6 a 18);
- Narração: a acção é iniciada in medias res (Canto I, estrofe 19 até ao fim).
Estrutura Externa – Quanto à estrutura externa, o poema está dividido em dez cantos, com o total de 1102 estrofes. As estrofes são oitavas, os versos são decassilábicos. Predominando o verso heróico. A rima é cruzada nos seis primeiros versos e emparelhada nos dois últimos: abababcc.
Considerações do Poeta – Camões faz algumas intervenções na narrativa, sobretudo no início e no final dos Cantos, mas são reduzidas.
A Mena na cozinha
Bacalhau com Coentros
300 g de batata frita palha
azeite
2 cebolas
6 dentes de alho
3 postas de bacalhau demolhado
2 colheres de sopa de farinha
6 dl de leite
sal
pimenta
noz moscada
4 colheres de sopa de coentros picados
100 g de queijo ralado em fios