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Xangai, na costa central da China, é a maior cidade do país e um núcleo financeiro global. Seu centro é o Bund, uma famosa área à beira-mar repleta de edifícios da era colonial. Do outro lado do rio Huangpu destaca-se o horizonte futurista do distrito Pudong, com a Torre de Xangai (632 m) e a Torre de TV Pérola Oriental, com suas esferas cor-de-rosa. O grande jardim Yù Yuán tem pavilhões, torres e lagos tradicionais.
Resposta:
Xangai (chinês: 上海; pinyin: Shànghǎi  ouça; no dialeto wu: Zanhe, AFI: [z̥ɑ̃̀hé]), por vezes também designada pela forma inglesa Shanghai, é a maior cidade da República Popular da China e uma das maiores áreas metropolitanas do mundo, com mais de 24 milhões de habitantes.[3] Localizada na costa central da China oriental, na foz do rio Yangtze, a cidade é administrada como um município chinês, com estatuto de nível de uma província.[4]
Originalmente uma vila cuja economia era baseada na pesca e no setor têxtil, Xangai ganhou importância no século XIX devido a localização favorável do seu porto e por ser uma das cidades abertas ao comércio exterior pelo Tratado de Nanquim, em 1842.[5] A cidade floresceu como um centro comercial entre o Oriente e o Ocidente e tornou-se um polo financeiro internacional na década de 1930.[6] No entanto, quando o Partido Comunista da China chegou ao poder em 1949, a influência internacional da cidade declinou. Em 1990, as reformas econômicas introduzidas por Deng Xiaoping levaram a um intenso desenvolvimento da cidade e, em 2005, Xangai tornou-se o maior porto de cargas do mundo.[7]
A cidade é um destino turístico famoso por seus marcos históricos, como o Bund, o Templo Cidade de Deus, o moderno e em constante expansão centro financeiro de Pudong, onde está localizada a famosa Torre Pérola Oriental, e por sua nova reputação como um centro cosmopolita cultural.[8][9] Xangai é o maior centro comercial e financeiro na China continental e tem sido descrita como o grande exemplo da pujança da economia chinesa.[10]
HistóriaEditar
Período imperialEditar
Durante a dinastia Song (960-1279) Xangai era originalmente uma vila e ganhou o estatuto de "cidade-mercado" em 1074. Em 1172 um segundo quebra-mar foi construído para estabilizar o litoral, complementando um dique anterior.[11] A partir da Dinastia Yuan em 1292 até se tornar oficialmente uma cidade pela primeira vez em 1927, Xangai foi designada meramente como um condado, administrado pela prefeitura de Songjiang.[12]

A Cidade Antiga de Xangai no século XVII.
Dois eventos importantes influenciaram o desenvolvimento da cidade durante a dinastia Ming. A muralha de Xangai foi construída pela primeira vez em 1554 para proteger a cidade das invasões de piratas japoneses. Ela media dez metros de altura e cinco quilômetros de circunferência.[13] Durante o reinado Wanli (1573-1620), Xangai ganhou um importante impulso cultural com a construção do Templo Cidade de Deus em 1602. Este privilégio era geralmente reservado para lugares com estatuto de uma cidade, como a capital de uma prefeitura, normalmente não concedido a uma cidade-condado, como Xangai era naquela época. Isto provavelmente refletia a sua importância econômica, em oposição ao seu baixo estatuto político.[13]
Durante a dinastia Qing, Xangai tornou-se um dos portos marítimos mais importantes da região do Delta do Rio Yangtze, devido a duas importantes mudanças políticas do governo central: Em primeiro, o imperador Kangxi em 1684 inverteu a proibição anterior de navegação oceânica de carga - uma proibição que estava em vigor desde 1525. Em segundo, em 1732 o imperador Yongzheng transferiu a aduana marítima da província de Jiangsu para Xangai, e deu ao Xangai o controle exclusivo sobre a coleta de impostos do comércio exterior da província de Jiangsu. Como resultado dessas duas decisões críticas, em 1735 Xangai tornou-se o porto marítimo mais importante de toda região sul do rio Yangtzé, apesar de estar ainda no nível mais baixo na hierarquia administrativa política.[14]
Século XIXEditar

O Bund na década de 1890.
O seu desenvolvimento mercantil e financeiro internacional no século XIX iniciou-se quando, no fim da Guerras do Ópio (Tratado de Nanquim, 1842), teve de se abrir ao comércio e tráfico de Ópio com os países ocidentais. Em breve as forças britânicas adquiriram o monopólio de metade do comércio externo da China, atingindo um grande desenvolvimento urbano e demográfico. Até a Segunda Guerra Mundial, a cidade foi o maior centro comercial do Extremo Oriente, com 4 300 630 habitantes, e constituía uma parte chinesa e outra europeia, gozando esta do direito de extraterritorialidade, com um regime jurídico próprio.
Este aspecto peculiar da cidade nasceu dos excessos da Rebelião Taiping durante o período de domínio que exerceram sobre ela, de Setembro de 1853 a Fevereiro de 1855. Xangai foi então internacionalizada, e o serviço da Alfândega marítima passou a mãos estrangeiras, regime que se tornou extensivo, em 1858, a todos os portos incluídos no contrato que se celebrou. Depois de criada esta situação, uma nova tentativa de conquista da cidade, levada a efeito, em 1860-1861, pelos mesmos rebeldes chineses, foi repelida por voluntários e por forças da marinhas britânicas e francesa