Sabe-se que um novo texto pode ser elaborado a partir de um texto já existente. Desse modo, quando isso acontece, o sentido pode ser alterado, com o intuito de provocara comicidade, a ironia, para criticar uma situação ou um fato. Ou, então, o sentido pode permanecer o mesmo, tal como uma reprodução das ideias do texto de origem. Dado isso, ao observarmos o trecho da canção "Bom conselho" de Chico Buarque, "Eu semeio vento na minha cidade /Vou pra rua e bebo tempestade", se comparado ao provérbio popular "Quem semeia vento colhe tempestade" podemos dizer que:
a) Houve uma simples reprodução de ideias, pois os trechos da canção foram parafraseados do provérbio.
b) Houve uma simples reprodução de ideias, sendo que o trecho da canção tem o mesmo sentido que o provérbio.
c) Não houve reprodução de ideias, mas o trecho da canção pode ser considerado uma paráfrase do provérbio.
d) Não houve reprodução de ideias e o trecho não pode ser considerado uma paráfrase, pois o sentido do provérbio foi alterado no trecho da canção.
e) Houve reprodução de ideias e trecho não pode ser considerado uma paráfrase, pois o sentido do provérbio foi mantido no trecho da canção.
Soluções para a tarefa
Resposta certa Letra A
Resposta:
Letra D
Vemos a Explicação: Segundo o dicionário, "Paráfrase é um recurso de interpretação textual que consiste na reformulação de um texto, trocando as palavras e expressões originais, mas mantendo a ideia central da informação."
Então, para haver paráfrase, o segundo texto precisa manter a ideia original do primeiro. Analisemos o sentido de cada texto.
O provérbio "Quem semeia vento colhe tempestade" significa que toda ação traz uma reação, tudo o que vai volta, quem faz algo ruim recebe algo ruim, ou seja, a ideia é de advertência de punição.
Já o verso "Eu semeio vento na minha cidade / vou pra rua e bebo tempestade" vai contra essa ideia, pois o poeta não se importa com a advertência do provérbio e semeia o vento, mas quando a tempestade chega ele a bebe, indicando indiferença pela punição, pois ele enfrenta o perigo e não se incomoda por isso.
Portanto, o verso NÃO é uma paráfrase do provérbio porque não mantém a ideia central dele.
Alternativa D.