Sabe-se que a integração comercial de um país com o resto do mundo permite uma aceleração do seu desenvolvimento econômico por causa da troca de tecnologias, de informações, de técnicas de produção, entre outros. Porém, uma economia que abre o seu mercado após muitos anos de barreiras protecionistas sente impactos negativos em curto prazo. Imagine que você tenha sido o proprietário de uma indústria calçadista na época em que Fernando Collor de Melo tomou medidas que permitiram maior abertura comercial do Brasil com o mercado externo. Quais os impactos positivos e negativos desse processo sobre o seu negócio em curto e em longo prazo? E sobre a economia e sociedade como um todo?
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Resposta:
Até o início dos anos 1990, o Brasil adotou muitas medidas protecionistas de modo a proteger a indústria interna e a fomentar o processo de industrialização do país. Contudo, as condições limitadas de importação impediam as indústrias de modernizar os seus meios de produção, ficando defasadas em termos de desenvolvimento com relação às indústrias dos países mais avançados. Além disso, a baixa concorrência levava à acomodação das empresas, com produtos de baixa qualidade e pouco diversificados. Assim, se eu tivesse uma indústria do ramo calçadista naquela época, imagino que a abertura comercial acirraria a concorrência, devido à possibilidade de entrada de empresas mais avançadas tecnologicamente. Caso não tivesse capacidade de me adaptar às novas condições e exigências do mercado, correria o risco de o negócio vir à falência, o que aconteceu com muitas empresas na época. Além disso, deveria desenvolver técnicas produtivas que permitissem a redução dos custos, de modo a disponibilizar meu produto a preços mais competitivos no mercado. O mesmo aconteceria com as demais empresas dos diversos setores da economia. Apesar do desaparecimento de muitas empresas nacionais, a abertura comercial permitiu uma modernização do parque industrial do país e dos processos produtivos das empresas, dadas as maiores facilidades de importação de tecnologias, assim como a troca de informações e de técnicas de comercialização com empresas provenientes de países mais avançados. Tanto a economia seria beneficiada quanto a sociedade como um todo, considerando a maior quantidade de produtos disponíveis, com maior qualidade e preços mais baixos.
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