s jacobinos no poder
Após a execução do rei, aumentou a oposição aos jacobinos. Eles, por sua vez, procuraram manter o controle da situação criando órgãos especiais como Comitê de Salvação Pública, à frente do qual estava Robespierre, o verdadeiro chefe de governo. Para conter a crise social e financeira em que a França estava mergulhada, Robespierre e seus auxiliares distribuíram as terras dos nobres entre milhares de camponeses, aboliram a escravidão nas colônias francesas, tornaram o ensino primário obrigatório e gratuito e tabelaram os preços dos gêneros de primeira necessidade, que vinham subindo diariamente.
As medidas contentaram as camadas populares, mas desagradaram aos girondinos. A tensão entre os dois grupos aumentou ainda mais com o assassinato do líder popular Jean Paul Marat por uma mulher ligada aos girondinos. O assassinato de Marat contribuiu para que o governo jacobino intensificasse a repressão: as pessoas suspeitas de conspirar contra a revolução passaram a ser condenadas à morte, sem interrogatório ou direito de defesa, por um tribunal do governo. Assim, milhares de pessoas foram mortas na guilhotina.
Nesse período, conhecido como Período do Terror, o medo tomou conta dos franceses. Os jacobinos chegaram a guilhotinar até mesmo líderes revolucionários como Danton e Herbert, e com isso, foram perdendo o apoio popular e o da maioria dos deputados franceses. Danton, por exemplo, foi decapitado por ser contrário ao aumento da violência.
Os deputados girondinos e os da planície aproveitaram esse clima de radicalização política para desfechar um golpe: prenderam Robespierre e os demais líderes jacobinos e os guilhotinaram sem julgamento.
O Diretório
Com o golpe que derrubou os jacobinos, o poder passou às mãos dos políticos que representavam, sobretudo, os interesses da alta burguesia: grandes comerciantes, industriais e banqueiros. Os novos governantes deram total apoio à burguesia, que ampliou seus negócios e investiu na indústria e no comércio. Uma nova Constituição, elaborada em 1795, manteve a república, restabeleceu o voto censitário e confiou o governo a um Diretório, composto de cinco deputados. O governo do Diretório também encontrou sérias resistências, tanto por parte dos jacobinos quanto dos monarquistas. Os monarquistas com dinheiro e armas recebidos da Inglaterra, lideravam revoltas para levar ao poder o conde de Artois, irmão de Luís XVI; os novos jacobinos atacavam o governo por meio de seus clubes e jornais.
Os jornais diziam que a França precisava de um homem enérgico, respeitado e admirado para “salvar” a pátria. Um jovem general, de nome Napoleão Bonaparte, reunia essas características. Um dos motivos de sua fama era o seu excelente desempenho militar contra os exércitos estrangeiros. Em 10 de
dezembro de 1799 – 18 Brumário, segundo o calendário republicano -, Bonaparte, apoiado por políticos burgueses e por militares, tomou o poder. Esse episódio passou para a história como o Golpe de 18 Brumário. Completava-se assim, a Revolução Burguesa, iniciada na França dez anos antes.
a) Quais são as principais diferenças entre os dois documentos?
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O primeiro documento fala sobre a ascensão dos Jacobinos, enquanto o segundo documento relata sua queda.
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