rotas de comercio transaariano
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Resposta: portos caravaneiros
O camelo atravessava o deserto do Saara, mas não se adaptava ao clima da savana. Por isso, ao chegarem ao Sahel, as mercadorias tinham que ser transferidas para as costas de bois e jumentos que continuavam a viagem mais ao sul.
Os locais de parada obrigatória no Sahel transformaram-se em centros de comércio que forneciam serviços de descarga e recarga de animais, conserto de selas e arreios, armazenagem de produtos e escravos, hospedagem e venda de alimentos, artigos de couro e metal. Esses centros comerciais eram controlados por reis que cobravam tributos de passagem e taxas de alfândega dos mercadores tuaregues.
Portos caravaneiros tornaram-se centros urbanos poderosos como Audagoste, fundada no século V d.C., a 2.500 km ao sul de Ceuta (Tânger), no norte da África, cerca de cinquenta dias de viagem no deserto do Saara. Até por volta do século XV, Audagoste foi um importante centro agrícola, artesanal e mercantil, com belos edifícios, mesquitas e casas elegantes.
Outras cidades nascidas do comércio transaariano foram Kumbi Saleh, Walata, Djené, Tombuktu, Gâo e Kano. As mercadorias mais importantes e mais antigas comercializadas nos centros urbanos do Sahel foram: o escravo, o ouro, o sal e a noz-de-cola.