roma antiga os principais acontecimentos politicos e sociais no periodo da monarquia
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Os séculos da Realeza, também conhecidos como Monarquia, coincidem com a fundação oficial de Roma por Rômulo, que compreende do século VIII a.c. até o estabelecimento da República no século VI a.c. O segmento de tempo que compõe esse período é obscuro, visto que não há fontes escritas contemporâneas que atestem os fatos, mas sim documentos arqueológicos e escritos posteriores.
Em consonância com os autores contemporâneos da República e do Império, sobretudo Tito Lívio, o período da Realeza teve o governo de sete reis de origem romana, sabina e etrusca (todavia, essa quantidade de reis para um período de cerca de 250 anos de Monarquia, somado ao fato de que alguns´ monarcas apresentados na literatura são fictícios, indica-nos que é provável que tenha havido mais de sete reis e as informações sobre eles tenham se perdido).
Os sete reis romanos foram: Rômulo, de origem lendária; Numa,de origem sabina; Túlio Ostílio, de origem sabina e latina, isto é um romano; Anco Márcio, descendente de etruscos e de gregos; Lúcio Tarquínio, etrusco; Sérvio, um ex-escravo romano; Tarquínio, o Soberbo, de origem etrusca.
O rei foi a figura c entral do período da Monarquia, seu poder era considerado o reflexo do poder do mais importante deus do panteão romano: Júpiter. O rei detinha os poderes militar e religioso, bem como usava a toga de cor púrpura, coroa de louro, cetro, litores e trono de marfim, tudo para se assemelhar a Júpiter - o rei dos deuses.
Rômulo, o fundador da cidade, foi o primeiro monarca, Suas principais medidas foram a consolidação e a estruturação de Roma. Os primeiros moradores romanos eram pastores e camponeses empobrecidos. Para conseguir mais cidadãos para a cidade, o primeiro rei prometeu asilo aos criminosos e aos fugitivos; como consequência, aventureiros de toda a parte se dirigiram a
roma, sendo eles criminosos ou homens esperançosos de conseguirem terras para sair da miséria. Em poucos anos, Roma havia crescido e a planície do rio Tibre não era mais suficiente.
Contudo, um problema havia, o crescimento populacional foi de homens e quase não haviam mulheres. Mesmo porque nenhum homem com algum nome nas cidades vizinhas desejava entregar suas filhas aos romanos, pois eram homens de passado duvidoso. De modo que Rômulo traçou um plano: convidaria as famílias da cidade vizinha, Sabina, para uma festa e quando os homens estiverem ocupados com os jogos, os romanos raptariam as moças e as desposariam. E como planejado, ocorreu, Este episódio gerou uma grande guerra entre romanos e sabinos e só acabou quando as sabinas desposadas, imploraram para que genros e sogros não se matassem, visto que, caso isto ocorresse ficariam desamparadas.
No campo político, o rei não governava sozinho, visto que seus poderes estavam mais concentrados na religião e nas forças bélicas. Havia uma estrutura aristocrática de auxílio ao rei, um conselho de anciões, os patres famílias, este conselho ficou conhecido como Senado e podia escolher os reis.
Quando Numa assumiu, foi responsável por estruturar o modelo político romano, criar leis e definir a religiosidade romana, em suma, foi considerado um sábio.
O próximo rei romano foi Túlio Ostílio, foi, tal como Rômulo, um rei guerreiro. Uma das suas ações mais lembradas foi foi a guerra contra Alba. Como resultado do conflito, Roma e a Etruria passaram a ser as cidades mais importantes da região.
Anco Márcio, sucedeu a Ostílio, manteve Roma estável, realizou alguns anexos territoriais, por exemplo incorporou a região da Óstia. Após sua morte a cidade passou a estar sob o domínio etrusco, sob a regência de Anco Márcio.
O quinto rei de Roma, foi Lúcio Tarquínio, que priorizava o incentivo ao luxo, à riqueza, ao comércio, a urbanização e ao artesanato. Elementos que não correspondiam ao ideal e ao estilo de vida dos patres. Isso levou à conspiração dos romanos de nascimento, que compunham o senado e as magistraturas a assassina-lo depois de pouco tempo de governo.
Em seguida assumiu Sérvio, o ex - escravo, que investiu no defesa da cidade e, além disso, reorganizou as cúrias em número de cinco, de acordo com a fortuna.
Sérvio foi substituído por Tarquínio, o Soberbo, que não foi descrito como bom governante, tendo em vista seu orgulho exacerbado, somado ao desgosto de sua origem estrangeiro por parte dos patres.
O fim dos tempos da Realeza veio juntamente com a expulsão de Tarquínio. A narrativa para este fato é literária e provavelmente fantasiosa, haja vista que a historiografia atribui à sua expulsão parte da dizimação da dominação estrangeira sobre Roma. A versão lendária comporta a narrativa de que um dos filhos do rei, Sexto Tarquínio, desonrou a esposa de seu primo em função de uma aposta e esta mulher, chamada Lucrécia, por ser respeitável, cometeu suicídio. O escândalo foi público, uma revolta popular aconteceu e os Traquínios foram expulsos. O fato é considerado o marco da retomada da liberdade romana.
Após isto se instalou a República em Roma.