Reza a lenda que um caubói, cuja atividade principal era minerar pedras preciosas, viajou para a Califórnia no ano de 1850. Ele havia escutado um boato de que havia possibilidade de extração de ouro em algumas fazendas daquele estado. As suas especulações se realizaram ao encontrar uma grande quantidade do metal, tão logo iniciado seu trabalho.
Com receio de roubo de seu ouro, resolveu deixá-lo com um fazendeiro amigo, passando este a ser seu fiel depositário.
Alguns outros mineiros consortes também resolveram fazer o mesmo, e escolheram o mesmo fazendeiro para o trabalho de depositário. Para não correr risco de se confundir, o fazendeiro passou a emitir em papel um certificado de propriedade. No certificado, havia o nome do depositário e a quantidade depositada.
Algum tempo depois, seu papel passou a ser aceito para operações de compra e venda de produtos, não necessitando do ouro físico no momento da transação. Ou seja, as pessoas passaram a transacionar o direito ao saque de ouro.
O exemplo ilustra bem o sistema monetário, em que a legitimação social é o que garante a circulação e a aceitação da moeda.
Assim, vamos ao desafio:
a) Imagine que o fazendeiro depositário do Estado da Califórnia decidisse fabricar os certificados de propriedade de ouro, sem, contudo, existirem as suas quantidades correspondentes. Como isso afetaria a utilidade da economia local? Explique.
b) Classifique o risco financeiro induzido pela atitude do fazendeiro.
Elabore um pequeno texto para responder às questões.
Soluções para a tarefa
Resposta:
PADRÃO DE RESPOSTA ESPERADO
Para entender o impacto econômico do volume de moeda em circulação, é necessário compreender que a moeda é o ativo de maior liquidez na sociedade, em outras palavras, é o ativo mais desejado. Isso porque é capaz de se converter rapidamente em outros bens e serviços. Por isso dizemos que a moeda, no caso brasileiro, o Real, é uma instituição.
A moeda é uma instituição, pois é legitimada e creditada pela sociedade. Apesar da moeda ser de curso-forçado (ou seja, circula em função de uma lei obrigatória), se a sociedade não lhe der o crédito devido, o sistema monetário não se sustentará. A base de fundo para a circulação é a crença, por parte das pessoas, de que existe sempre o volume correspondente em seu banco, quando na verdade isso ocorre pela crença e não pela certeza que seu banco dispõe dos recursos para transações ou mesmo para saque.
Dessa forma, se o fazendeiro imprimisse novos certificados, ainda que não existisse o correspondente em ouro (dizemos lastro), o volume de liquidez na economia iria subir sensivelmente, assim como o risco financeiro. O volume aumentaria, tendo em vista que o número de certificados emitidos pelo fazendeiro aumentaria, o que induziria poder aquisitivo para quem detivesse esses certificados. Como o poder aquisitivo iria aumentar, o volume de transações também aumentaria, pressionando os preços dos produtos para cima. E isso induz à inflação. Outro detalhe que merece ser mencionado é o risco financeiro induzido. Imagine simplesmente que todos os proprietários de certificados decidam trocar seus certificados por ouro. Não haverá lastro suficiente em depósito. Desse modo, o sistema monetário estará fortemente comprometido.
Explicação:
A) se o fazendeiro começa a emitir certificados de propriedade de ouro que não existe, ele está criando títulos sem lastro, diminuindo o valor do ouro que realmente existe, é o que acontece com a impressão de moeda sem lastro de maneira desordenada, gerando inflação e diminuição do poder da moeda.
B) O fazendeiro está criando um risco financeiro não apenas para ele, mas todos que possuem ouro.
Impressão de dinheiro e Venezuela
A Venezuela é um exemplo de país que imprimiu muito dinheiro e criou uma enorme inflação ao ponto de que é mais caro imprimir dinheiro do que o valor real da moeda.
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