Reveja o estudo sobre o narrador no capitulo 4 e responda: na sua opinião, de que posição o narrador conta a história? qual seu ponto de vista por quê
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Resposta:
1. Reveja o estudo sobre o narrador no capítulo 4 e responda: Na sua opinião, de que posição o narrador conta a história? Qual o seu ponto de vista? Por quê?
Resposta: O narrador não é um dos personagens, pois conta-a em terceira pessoa, mas do ponto de vista de um determinado personagem: o pai de um garoto, o qual vê no comportamento leviano do filho, com tristeza e impotência, um espelho de si próprio e do mundo masculino, de que faz parte.
2. No caso deste conto, como em muitos textos da literatura dos séculos XX e XXI, há um tipo de narrador que denominamos onisciente seletivo, que escolhe um personagem e por meio de sua interioridade analisa os outros. Justifique e exemplifique esta afirmação.
Resposta: O narrador é onisciente seletivo, pois conhece e expressa o que se passa na interioridade do pai em relação ao filho, como se percebe em "A uma distância prudente, o pai pressentia as tempestades por que seu filho de onze anos passaria pela vida afora: o menino se apaixonara por uma amiga da mesma idade - que tivera a delicadeza de corresponder a seus sentimentos -, mas dela se cansara num piscar de olhos. Não contente, falara com orgulho mal disfarçado desse cansaço ao melhor amigo, de quem então ouvira a frase tranquilizadora: 'As mulheres são todas iguais'".
Atenção Professor(a), destacar mais um exemplo deste tipo de narrador aos alunos, no parágrafo 9, comentando o caráter depreciativo do diminutivo ''homúnculo'' (homem pequeno, vil, mesquinho) e da expressão popular "puxar as orelhas", colocada em sentido claramente metafórico.''E agora lá iam os dois, o filho e o amigo iluminado, com suas chuteiras enlameadas e suas bolas de futebol, resmungando palavras de ordem que repetiriam anos a fio por bares e botequins. Dois homúnculos a quem a vida ainda puxaria por inúmeras vezes as orelhas. Nada a fazer, a não ser torcer. Nesse turbilhão de equívocos, eram forjadas guerras e epidemias". Fim da observação.
3. Em "Por acaso, o pai também escutara - e se espantara com a infinidade de espelhos que se estilhaçavam a seu redor. Pensara: Triste amizade". Interprete o significado da metáfora do espelho.
Resposta pessoal. Sugestão: Essa metáfora mostra uma identificação por projeção entre o pai, o filho, o amigo do filho, todos representando o estilhaçamento, isto é, a fragmentação, no sentido de precariedade, do mundo masculino.
4. Transcreva do primeiro parágrafo o fragmento que fornece indício da ação principal que transcorre no conto e da qual derivam as demais.
Resposta: "o menino se apaixonara por uma amiga da mesma idade".
5. Observe que o conto organiza-se em torno da ação transcrita na questão anterior. No entanto, nele há passagens descritivas. Uma delas caracteriza a personagem Carolina.
a) Identifique essa passagem.
Resposta: "Carolina era de fato deslumbrante em seus mais mínimos detalhes, da cor marfim de sua pele à fragilidade de seus pés" e "Existem crianças quase irreais de tão perfeitas, avaliava o pai em sua tristeza, relembrando o tom de sua voz, a finura de sua cintura e a textura dourada de seus cabelos."
b) Na sua opinião, como essa descrição contribui para a compreensão do sentido do conto?
Resposta: A descrição sobre a menina por quem o filho apaixonou-se sugere delicadeza, perfeição, o que reforça a preocupação do pai em relação à superficialidade e à capacidade de violência do mundo masculino.
6. Você acha que o fato de o título do conto corresponder ao nome da menina confirma o ponto de vista com que a história é narrada? Por quê?
Resposta: Sim, porque Carolina representa, no texto, o contraponto com as atitudes do filho, o alvo de preocupação do pai.
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