Retrato
Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios,
nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração
que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
– Em que espelho ficou perdida
1- Rimas são identidades sonoras em um poema. Pesquise as rimas quanto à sua posição e quanto à categoria nos poemas. Explique e exemplifique com fragmentos de poemas.
2- Faça a separação das sílabas poéticas do poema.
3- O poema pode ser classificado como isométrico, polimétrico ou livre? Explique.
4- Quanto à medida do verso, como podemos classifica-los?
Soluções para a tarefa
Resposta:
1)
Relíquia íntima
Ilustríssimo, caro e velho amigo,
Saberás que, por um motivo urgente
Na quinta-feira, nove do corrente,
Preciso muito de falar contigo.
(Machado de Assis)
Desencanto
Eu faço versos como quem chora
De desalento... de desencanto...
Fecha o meu livro, se por agora
Não tens motivo nenhum de pranto.
(Manuel Bandeira)
É possível notar que as combinações rímicas, isto é, de rimas são diferentes entre os poemas acima. No poema de Machado de Assis, há a combinação rímica do primeiro verso com o quarto verso, e do segundo com o terceiro verso. Já no poema de Manuel Bandeira, as rimas aparecem alternadas na estrutura da estrofe.
Veja a seguir a denominação das combinações rímicas existentes.
a) Rimas emparelhadas: quando se sucedem de duas a duas (AABB).
Vagueio campos noturnos (A)
Muros soturnos (A)
paredes de solidão (B)
sufocam minha canção (B)
(Ferreira Gullar)
b) Rimas alternadas: quando, de um lado, rimam os versos ímpares (o primeiro com o terceiro, etc.) e, de outro, os versos pares (ABAB).
Minha desgraça, não, não é ser poeta, (A)
Nem na terra de amor não ter um eco, (B)
É meu anjo de Deus, o meu planeta (A)
Tratar-me como trata-se um boneco (B)
Não pare agora... Tem mais depois da publicidade
c) Rimas opostas ou interpoladas: quando o primeiro verso rima com o quarto, e o segundo, com o terceiro verso (ABBA).
Relíquia íntima
Ilustríssimo, caro e velho amigo, (A)
Saberás que, por um motivo urgente, (B)
Na quinta-feira, nove do corrente, (B)
Preciso muito de falar contigo. (A)
d) Rimas encadeadas: quando o primeiro verso rima com o terceiro; o segundo com o quarto e com o sexto; o quinto com o sétimo e o nono, e assim por diante.
2- A contagem das sílabas só é realizada até a última sílaba tônica da última palavra do verso. Não pare agora... Tem mais depois da publicidade. Se uma sílaba poética terminar em vogal átona e a sílaba seguinte iniciar-se em vogal ou H (que não possua som), essas sílabas podem se juntar em uma única.
3- isométrico, pois sempre que há igualdade na dimensão dos versos, não ultrapassando doze sílabas.
4- Monossilábos
1. Ao apresentar as rimas deste poema, temos o seguinte:
"Relíquia íntima
Ilustríssimo, caro e velho amigo,
Saberás que, por um motivo urgente
Na quinta-feira, nove do corrente,
Preciso muito de falar contigo."
Observe que dentro deste texto, foram colocadas tipo de rimas externas, que são aquelas que podemos identificar apenas no final de cada verso, sendo conectado com a linha de cima.
2. Dentre a separação das sílabas poéticas no poema, temos que apenas na parte das sílabas poéticas de cada um dos fonemas que se assemelham quanto ao som, apenas na sílaba tônica de cada um dos versos existe uma sonoridade.
3. Este poema pode ser classificado quanto ao som das rimas isométricas. Isto acontece porque existe uma preocupação com a estrutura do poema, apresentando doze sílabas no máximo.
4. Quanto a medida do verso, temos que todos são monossílabos, apenas.
A estrutura das sílabas do poema
As palavras monossílabas são aquelas que possuem apenas uma única sílaba. Estas são conhecidas também por monossílabos ou monossilábicas.
As palavras dissílabas são aquelas que possuem apenas duas sílabas na sua estrutura. Por exemplo: sino, topo, alto e cunho são dissílabas.
Veja mais sobre as sílabas em
brainly.com.br/tarefa/41377830
#SPJ2