Retrato Cecilia Meireles
Eu não tinha este rosto de hoje, Assim calmo, assim triste, assim magro
Nem estes olhos tão vazios, Nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força, Tão paradas e frias e mortas, Eu não tinha este coração Que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança, Tão simples, tão certa, tão fácil:
- Em que espelho ficou perdida a minha face?
MEIRELES, Cecilia. Retrato. In: Viagem. 1 ed. São Paulo: Global
2014. (ebook]
Questão 02
O poema tem a predominância do tempo pretérito imperfeito para reforçar
A) a percepção do eu lírico quanto ao passar do tempo.
B) a ideia de um tempo que terminou em algum momento.
C) a discussão sobre o passado e o futuro frente ao espelho.
D) o sentimento de solidão por estar refletindo frente ao espelho.
E) a preocupação com o futuro já que não sabe onde perdeu o rosto.
Soluções para a tarefa
Resposta: Exercem a função de adjetivo e têm como base o mesmo referencial.
Explicação: Pode-se observar que tais palavras caracterizam o substantivo “rosto”.
O poema de Cecília Meireles retrata o eu-lírico admirado com o passar do tempo (A).
Cecília Meireles, poetisa brasileira, enquadra-se na segunda fase do Modernismo Brasileiro.
Suas obras trazem em si temas sobre a existência no mundo, o efêmero, o perene, a morte, com evidências políticas e sociais.
Meireles escreve sobre suas angústias de modo que os leitores se sentem tocados e inspirados.
Ao remeter à poesia clássica com versos brancos e livres, a poetisa retrata, em suas obras, o mundo e a subjetividade do homem, trazendo uma poesia espiritualista, introspectiva e melancólica.
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