Retire do texto o trecho que demonstra a grande inquietação e inconformismo
de Robinson Crusoe
Soluções para a tarefa
Resposta:
Meu nome é Robinson Crusoé. Nasci na velha cidade de Iorque, onde há um rio muito largo cheio de
navios que entram e saem.
Quando criança, passava a maior parte do meu tempo a olhar aquele rio de águas tão quietas, caminhando
sem pressa para o mar lá longe. Como gostaria de ver os navios em movimento, com velas branquinhas
enfunadas pelas brisas! Isso me fazia sonhar as terras estranhas donde eles vinham e as maravilhosas aventuras
acontecidas em mar alto.
Eu queria ser marinheiro. Nenhuma vida me parecia melhor que a vida do marinheiro, sempre navegando,
sempre vendo terras novas, sempre lidando com tempestades e monstros marinhos.
Meu pai não concordava com isso. Queria que eu tivesse um ofício qualquer, na cidade, ideia que eu não
podia suportar. Trabalhar o dia inteiro em oficinas cheias de pó era coisa que não ia comigo.
Também não suportava a ideia de viver toda a vida naquela cidade de Iorque. O mundo me chamava. Eu
queria ver o mundo.
Minha mãe ficou muito triste quando declarei que ou seria marinheiro ou não seria nada.
--- A vida do marinheiro – disse ela – é uma vida bem dura. Há tantos perigos no mar, tanta tempestade
que grande número de navios acabam naufragando.
Disse também que havia no mar terríveis peixes de dentes de serra, que me comeriam vivo se eu caísse
n’água. Depois me deu um bolo e me beijou: “É muito mais feliz quem fica na sua casa”.
Mas não ouvi os seus conselhos. Estava resolvido a ser marinheiro e havia de ser.
--- Já fiz dezoito anos – disse um dia a mim mesmo – é tempo de começar – e, fugindo de casa, engajei-me
num navio.
Robinson Crusoé. Trad. e adap. de Monteiro Lobato. São Paulo, Brasiliense, 1988. p. 5-6.
Fonte: Português – Linguagem & Participação, 5ª Série – MESQUITA, Roberto Melo/Martos, Cloder Rivas –
Ed. Saraiva, 1999, p. 184-6.
Entendendo a crônica:
Explicação: