Português, perguntado por Marciocasao, 10 meses atrás

Resumo sobre o poema "massa instantânea" de carlinhos guarmieri

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Respondido por RaphaSIlva19
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Resposta:

Massa Instantânea

Eu falo de uma massa, que não é espaguete.

É uma massa crua, é o menino de rua, rotulado de

pivete pela educação escrava.

Eu falo de uma massa que não é macarrão.

É o guri sem teto, sem afeto, analfabeto, seu colchão é

o chão, vida de cão sem raça.

Eu falo de uma massa que não é massa folhada.

Pede grana no sinal, só tem folha de jornal, contra o

frio da madrugada, sua pele é sua couraça.

Eu falo de uma massa que não é de pastel.

Recheada de vento e dormindo ao relento,

O seu teto é o céu, seu recheio é só carcaça.

Eu falo de uma massa que não é ravioli.

Intragável, indigesta, que a princípio não presta.

E que ninguém engole e que no mole despedaça.

Eu falo de uma massa que não é parafuso.

É o moleque inteligente que de tanto solvente vai

ficando confuso, enquanto o tempo passa...

Eu falo de uma massa que não é panqueca.

Fissurada no crack a mente sente o baque, enquanto o

corpo seca e a vida embaraça.

Eu falo de uma massa que não é capelete.

Não tem armas pra luta, nem força pra disputa, por

isso nem compete, fica vivo por pirraça.

Eu falo de uma massa que não é um miojo.

Boicotada, atrofiada, que não é valorizada, a elite tem

nojo, seu paraíso é a praça.

Vem agora e abraça a massa instantânea, que não

quer ficar no molho, mas transcender o teu olho, quer

tua atitude espontânea, vem agora e ABRAÇA!’

Poema de Carlinhos Guarnieri – Redutor de Danos

Explicação:

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