Filosofia, perguntado por fernanda2514, 1 ano atrás

resumo sobre contratualistas

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Respondido por annajuba2006
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O contratualismo é uma escola de pensamento a partir da qual várias interpretações sobre a natureza humana e o surgimento das sociedades civis foram concebidas. Para os contratualistas, o ser humano possuía uma forma de vida anterior à que vivemos hoje em nossas sociedades, um estado em que apenas os instintos e as qualidades intrínsecas do ser humano serviam de mediadores de nossas ações. Os autores do contratualismo acreditavam que o Estado civil era uma entidade fabricada, isto é, que não havia surgido gradualmente e de forma espontânea. Tentavam, então, entender em que ponto e em quais circunstâncias essa entidade que regulamenta nossas vidas com leis e regras institucionais foi criada.

Contratualismo e contratualistas

De vez em quando, ao vermos as notícias de violência nos meios de comunicação, perguntamo-nos: qual será a “natureza” do ser humano? Será que nascemos predispostos a sermos “maus”? A violência está embebida em nossas ações?

Essas mesmas perguntas serviram de apoio para inúmeras especulações acerca de uma suposta essência humana. Alguns pensadores, como Thomas Hobbes, acreditavam que o homem era naturalmente “mau”, bárbaro e egoísta. “O Homem é o lobo do Homem”, disse Hobbes, e estava sempre disposto a sacrificar o bem do próximo ou o bem comum em seu benefício. Outros, como John Locke, acreditavam que o homem era uma criatura naturalmente “racional e social”, com inclinação para o bem e um forte senso de amor ao próximo e empatia pela dor alheia. Nós, humanos, seríamos naturalmente livres e iguais, criaturas racionais e regidas pela razão, plenamente capazes de agir em defesa do próximo quando necessário.

Em ambos os casos, os problemas do homem em seu estado natural surgiram a partir do inevitável convívio social. Para Hobbes, por exemplo, a maldade intrínseca do ser humano moveria todos em direção a um estado de guerra perpétuo e constante, em que a paz seria apenas um conceito distante e inalcançável.

Locke entendia que o problema surgiria a partir de conflitos de interesses entre os indivíduos em sua convivência. O homem natural de Locke, apesar de ser naturalmente racional, não era invariavelmente “bom”. Isso quer dizer que o egoísmo, a vingança e o ímpeto pela destruição ainda fariam parte da constituição humana. Ao mesmo tempo, o poder de ação em nome da justiça estaria distribuído na mão de todos. Assim, seria um direito natural de todo ser humano colocar-se como juiz das ações de todos os outros indivíduos e punir aqueles que transgredissem as leis naturais da maneira que achar ser equivalente ao crime. Nesse contexto, haveria uma ameaça à liberdade dos indivíduos, já que a justiça nem sempre seria o desejo de todos. Além disso, amor próprio dos indivíduos ainda seria muito maior que o amor pelo próximo, o que nublaria a capacidade de julgamento.

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