resumo sobre as Américas do século xx
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A conquista da autonomia política dos países latino-americanos se deu sob o signo da dependência econômica, pela qual esses países permaneceram atrelados aos interesses da Inglaterra. Mais tarde, os Estados Unidos substituíram os ingleses no papel de pólo econômico dominante.
Essa dependência tinha reflexos diretos na vida política dos países da América latina. Para garantir seus interesses, tanto a Inglaterra quanto os Estados Unidos estabeleceram alianças com os grupos sociais mais retrógrados da região, os grandes proprietários de terras e as oligarquias que controlavam o poder, em oposição aos setores que queriam a industrialização e a modernização da economia.
Assim, quando as sociedades latino americanas começaram a se diversificar e a se urbanizar, vários grupos sociais entraram em choque com as oligarquias tradicionais e seus sócios imperialistas, produzindo movimentos nacionalistas que colocaram em xeque as velhas formas de dominação.
O populismo
O domínio das oligarquias tradicionais teve por base a economia agroexportadora, a grande propriedade rural e um sistema de trabalho baseado em relações de dependência pessoal entre o senhor de terras e seus trabalhadores. No Brasil, algumas das manifestações dessas relações foram o clientelismo e o coronelismo.
A partir do final do século XIX, porém, a população de algumas sociedades latino-americanas começou a se diversificar. Países como Brasil, Argentina, Uruguai e Chile passaram a receber quantidades crescentes de imigrantes europeus. Ao mesmo tempo, tinha inicio o processo de industrialização, acompanhado da expansão cada vez mais crescente das cidades.
O crescimento das cidades e a incipiente industrialização concentraram no espaço urbano das massas crescentes de trabalhadores e deram origem a setores burgueses e de camadas médias, cujos interesses já não coincidiam com os das oligarquias dominantes. Esse processo levaria ao lento enfraquecimento do poder oligárquico e abriria caminho, em alguns países, para um novo fenômeno político, conhecido como populismo.
O populismo foi um modo de fazer política baseado em uma liderança carismática, que dispensa a intermediação dos partidos em sua relação com a massa de liderados, apresentando-se como uma alternativa de poder oposta a tradicional dominação oligárquica. Isso significa que as lideranças populistas são muitas vezes levadas a adotar posições nacionalistas, de oposição ao capital estrangeiro (imperialismo) e as oligarquias.
Os movimentos e regimes populistas começaram a proliferar no continente a partir de 1930. Na maior parte dos casos em que se instalou no poder, o populismo estabeleceu governos fortes e centralizados sob a direção de lideres reformistas, carismáticos, autoritários e com grande apoio popular. Isso aconteceu no Brasil, no governo de Getúlio Vargas (1930-45), na Argentina de Juan Domingos Perón (1946-1955), no México governado por Lázaro Cárdenas, na Guatemala de Jacobo Arbenz (1950-54) e em outros países.
Nestes lugares, os governos populistas investiram em indústrias de base, com a finalidade de fornecer matérias-primas e energia a baixo custo ao setor privado. Ao lado disso, procuraram elevar os salários e implementar reformas favoráveis aos trabalhadores, como as leis trabalhistas introduzidas por Vargas no Brasil, a legislação social de Perón na Argentina e a reforma agrária instituída por Cárdenas no México e por Arbenz na Guatemala.
O estilo de governar personalista e direto dos populistas fez com que as instituições do Estado liberal-democrático, como o parlamento, por exemplo, assumam uma importância menor (no Brasil o congresso nacional foi fechado durante o Estado Novo, entre 1937 e 1945).
Nessas circunstancias, sem apoiar-se em partidos e instituições estáveis, que crise. No Brasil o Governo Vargas foi derrubado em 1945, sob pressão da sociedade civil e de amplos setores das forças armadas. Na Argentina, Perón foi destituído em 1955 por um golpe militar apoiado pelos EUA e insuflado pelas oligarquias. Na Guatemala, os militares que derrubaram Jacobo Arbenz (1954) receberam armas e apoio logístico do governo norte-americano. Dos quatro casos clássicos de populismo desse período somente Lázaro Cárdenas, deixou o governo depois de se realizarem novas eleições (1940).
Essa dependência tinha reflexos diretos na vida política dos países da América latina. Para garantir seus interesses, tanto a Inglaterra quanto os Estados Unidos estabeleceram alianças com os grupos sociais mais retrógrados da região, os grandes proprietários de terras e as oligarquias que controlavam o poder, em oposição aos setores que queriam a industrialização e a modernização da economia.
Assim, quando as sociedades latino americanas começaram a se diversificar e a se urbanizar, vários grupos sociais entraram em choque com as oligarquias tradicionais e seus sócios imperialistas, produzindo movimentos nacionalistas que colocaram em xeque as velhas formas de dominação.
O populismo
O domínio das oligarquias tradicionais teve por base a economia agroexportadora, a grande propriedade rural e um sistema de trabalho baseado em relações de dependência pessoal entre o senhor de terras e seus trabalhadores. No Brasil, algumas das manifestações dessas relações foram o clientelismo e o coronelismo.
A partir do final do século XIX, porém, a população de algumas sociedades latino-americanas começou a se diversificar. Países como Brasil, Argentina, Uruguai e Chile passaram a receber quantidades crescentes de imigrantes europeus. Ao mesmo tempo, tinha inicio o processo de industrialização, acompanhado da expansão cada vez mais crescente das cidades.
O crescimento das cidades e a incipiente industrialização concentraram no espaço urbano das massas crescentes de trabalhadores e deram origem a setores burgueses e de camadas médias, cujos interesses já não coincidiam com os das oligarquias dominantes. Esse processo levaria ao lento enfraquecimento do poder oligárquico e abriria caminho, em alguns países, para um novo fenômeno político, conhecido como populismo.
O populismo foi um modo de fazer política baseado em uma liderança carismática, que dispensa a intermediação dos partidos em sua relação com a massa de liderados, apresentando-se como uma alternativa de poder oposta a tradicional dominação oligárquica. Isso significa que as lideranças populistas são muitas vezes levadas a adotar posições nacionalistas, de oposição ao capital estrangeiro (imperialismo) e as oligarquias.
Os movimentos e regimes populistas começaram a proliferar no continente a partir de 1930. Na maior parte dos casos em que se instalou no poder, o populismo estabeleceu governos fortes e centralizados sob a direção de lideres reformistas, carismáticos, autoritários e com grande apoio popular. Isso aconteceu no Brasil, no governo de Getúlio Vargas (1930-45), na Argentina de Juan Domingos Perón (1946-1955), no México governado por Lázaro Cárdenas, na Guatemala de Jacobo Arbenz (1950-54) e em outros países.
Nestes lugares, os governos populistas investiram em indústrias de base, com a finalidade de fornecer matérias-primas e energia a baixo custo ao setor privado. Ao lado disso, procuraram elevar os salários e implementar reformas favoráveis aos trabalhadores, como as leis trabalhistas introduzidas por Vargas no Brasil, a legislação social de Perón na Argentina e a reforma agrária instituída por Cárdenas no México e por Arbenz na Guatemala.
O estilo de governar personalista e direto dos populistas fez com que as instituições do Estado liberal-democrático, como o parlamento, por exemplo, assumam uma importância menor (no Brasil o congresso nacional foi fechado durante o Estado Novo, entre 1937 e 1945).
Nessas circunstancias, sem apoiar-se em partidos e instituições estáveis, que crise. No Brasil o Governo Vargas foi derrubado em 1945, sob pressão da sociedade civil e de amplos setores das forças armadas. Na Argentina, Perón foi destituído em 1955 por um golpe militar apoiado pelos EUA e insuflado pelas oligarquias. Na Guatemala, os militares que derrubaram Jacobo Arbenz (1954) receberam armas e apoio logístico do governo norte-americano. Dos quatro casos clássicos de populismo desse período somente Lázaro Cárdenas, deixou o governo depois de se realizarem novas eleições (1940).
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